Um “drone de ataque disparado do Irão” foi responsável pelo ataque no sábado contra um navio comercial no oceano Índico, que causou danos, mas não feridos, disse o Departamento da Defesa dos Estados Unidos.
O ataque, que ocorreu ao largo da costa indiana às 10:00 horas (06:00 em Lisboa), provocou um incêndio a bordo, que foi posteriormente extinto, disse o Pentágono, acrescentando que o exército dos EUA “permanece em comunicação com o navio enquanto este continua a sua viagem para um destino na Índia”.
O navio MV Chem Pluto navegava com a bandeira da Libéria, era propriedade de uma empresa japonesa e operado por uma empresa holandesa, informou o departamento norte-americano.
De acordo com o Pentágono, nenhum navio de guerra dos Estados Unidos se encontrava nas proximidades do navio aquando do ataque.
A empresa de segurança marítima britânica Ambrey disse que “o navio petrolífero estava afiliado a Israel” e que navegava entre a Arábia Saudita e a Índia.
O ataque ocorreu no Mar Arábico, a 200 milhas náuticas a sudoeste do porto indiano de Veraval, no estado de Gujarat, de acordo com a Ambrey e a agência britânica de segurança marítima UKMTO.
O jornal americano Wall Street Journal afirmou que a empresa holandesa que opera o MV Chem Pluto “está ligada ao magnata israelita da navegação Idan Ofer”.
A Índia declarou ter respondido a um pedido de assistência. “Um avião foi enviado para o local e verificou a segurança do navio e da sua tripulação”, disse um oficial da marinha indiana à agência de notícias France-Presse.
“Um navio de guerra da marinha indiana foi também enviado para prestar a assistência necessária”, acrescentou o porta-voz.
O Irão rejeitou no sábado as acusações dos Estados Unidos de envolvimento nos recentes ataques dos rebeldes huthis do Iémen contra navios comerciais no Mar Vermelho.
“A resistência [os grupos armados que lutam contra Israel] tem as suas próprias forças e age de acordo com as suas próprias decisões e capacidades”, disse o vice-ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros, Ali Bagheri, à agência noticiosa local Mehr.
A agência de notícias escreveu que o responsável reagia às “alegações ocidentais” de que Teerão estaria a “informar” os huthis iemenitas sobre “a localização de navios americanos”.
Alegando estar a apoiar o movimento islamita palestiniano Hamas na sua guerra contra Israel, os rebeldes iemenitas reivindicaram nas últimas semanas a responsabilidade por vários ataques a navios comerciais ligados, disseram, a Israel.
Na sexta-feira, a Casa Branca acusou o Irão de estar “fortemente envolvido no planeamento” dos recentes ataques dos rebeldes huthis, fornecendo-lhes “equipamento militar sofisticado” e “assistência dos serviços secretos”.
Segundo as autoridades norte-americanas, os huthis lançaram mais de 100 ataques com drones e mísseis, visando 10 navios mercantes, implicando mais de 35 países.
VQ (FP) // VQ