Com 190 centímetros de altura e antigo jogador de basquetebol, Pedro Sánchez Pérez-Castejón domina com facilidade as técnicas do equilíbrio e da pressão. Na adolescência, além dos saltos e ressaltos nas tabelas, o jovem nascido em Madrid, a 29 de fevereiro de 1972, era igualmente praticante de breakdance, o que o ensinou a mexer-se de forma ágil, acrobática e coordenada. Na madrugada da última segunda-feira, 24, no rescaldo das eleições legislativas em que o seu Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) alcançou um resultado bem melhor do que as sondagens previam, Pedro Sánchez pediu aos seus camaradas para darem a festa por encerrada e irem descansar. No número 70 da Calle Ferraz, a sede do partido, poucos lhe deram ouvidos. Uma multidão de militantes, eufórica, celebrava a paradoxal derrota da formação política que recolhera mais votos: o Partido Popular (PP), com oito milhões de votos, 33% do total e 136 deputados. Para os conservadores de centro-direita, em teoria, eram números excelentes, se comparados com a anterior legislatura: mais três milhões de votos, uma subida de 17% e mais 48 assentos na câmara baixa do hemiciclo.
Rumo a Lanzarote