“Aproveitando a oportunidade de estar em Nova Iorque [no quadro da Assembleia Geral das Nações Unidas], foram trocadas mais mensagens entre os Estados Unidos e o Irão através de um intermediário para aproximar as posições nas negociações” disse Amir-Abdollahian, durante uma conversa com o homólogo do Qatar, Mohamed bin Abdulrahman al-Zani.
“Acreditamos que os trabalhos estão no caminho certo. O caminho de interação entre a Agência Internacional de Energia Atómica [AIEA] e a Organização de Energia Atómica do Irão (AEOI), durante a visita do chefe da AIEA [Rafael Grossi] ao país, e a reunião em Viena são importantes”, lê-se num comunicado publicado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, citado pela Europa Press.
Na semana passada, Grossi confirmou o reinício do diálogo com o Irão para esclarecer as diferenças entre as partes sobre as salvaguardas de garantia, após a agência indicar não poder assegurar que o programa nuclear de Teerão tenha apenas fins pacíficos.
Em causa está um eventual não-cumprimento por parte da AIEA dos vários compromissos devido à decisão dos Estados Unidos, tomada em 2018, de se retirar do acordo assinado em 2015 e reimpor sanções ao Irão.
A 08 de setembro, as autoridades iranianas rejeitaram o último relatório da AIEA sobre a situação, considerando tratar-se de “uma repetição das infundadas questões anteriores”.
Além disso, o porta-voz da AEOI, Behruz Kamalvandi, reiterou que o “pacífico” programa nuclear iraniano “tem sido o mais transparente até agora”.
Por sua vez, o Irão apresentou uma contraproposta ao último texto da União Europeia (UE), que está a mediar as divergências para tentar reativar o acordo, embora os Estados Unidos tenham rejeitado as exigências de Teerão, alegando estar a trabalhar um novo documento para tentar apaziguar as diferenças de opinião
JSD // APN