Na sua conferência de imprensa diária, o porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, disse hoje que o secretário-geral “está preocupado” com o conteúdo do relatório, cujo texto – assegurou – não tinha lido anteriormente, uma vez que o gabinete de Bachelet é totalmente independente da Secretaria-Geral das Nações Unidas.
O relatório, publicado na quarta-feira, “confirma o que o secretário-geral vem dizendo há algum tempo sobre Xinjiang: que os direitos humanos devem ser respeitados e que a comunidade uigur deve ser respeitada”, declarou Dujarric.
António Guterres “realmente espera que o Governo chinês siga as recomendações” do relatório, acrescentou o porta-voz.
O relatório da ONU sobre a região chinesa de Xinjiang, publicado na quarta-feira, apontou possíveis “crimes contra a humanidade” e mencionou “provas credíveis” de tortura e violência sexual contra a minoria uigur, pedindo a intervenção da comunidade internacional.
“A extensão da detenção arbitrária e discriminatória de membros dos uigures e de outros grupos predominantemente muçulmanos (…) pode constituir crimes internacionais, em particular crimes contra a humanidade”, referiu o relatório nas suas conclusões.
MYMM (CSR) // PDF