Macau encerrou na segunda-feira, e até 18 de julho, todas as atividades comerciais não essenciais, incluindo casinos, impondo a utilização obrigatória de máscaras KN95 ou “de padrão superior” e proibindo a permanência na rua.
O chefe da Divisão de Ligação de Assuntos Policiais e Relações-Públicas dos Serviços de Polícia Unitários da região chinesa disse que as autoridades emitiram hoje, até às 15:00 locais (08:00 em Lisboa), avisos a 588 pessoas por violarem as medidas de controlo da pandemia.
Desde segunda-feira, as forças de segurança enviaram ainda para o Ministério Público 19 casos de pessoas suspeitas de violarem as restrições, acrescentou Cheong Kin Ian.
O Tribunal Judicial de Base aplicou hoje a primeira sentença, num processo sumário, a um residente encontrado “sem máscara a fumar na rua” na terça-feira à noite, revelou o dirigente policial.
Além de uma pena de prisão de cinco meses, suspensa por cinco meses, o homem tem ainda um mês para pagar uma multa de 10 mil patacas (mais de 1.230 euros), disse Cheong Kin Ian.
Segundo um despacho do chefe do executivo, “todas as pessoas têm de permanecer no domicílio, salvo por motivos de trabalho necessário e compra de bens básicos para a vida quotidiana ou por outros motivos urgentes”.
A violação destas regras pode ser punida com uma pena de prisão de até dois anos ou até 240 dias de multa.
Macau registou hoje a quarta morte relacionada com a covid-19, desde o início da pandemia há mais de dois anos, revelou o chefe de serviço de urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário, Lei Wai Seng.
Uma mulher de 94 anos, doente crónica que sofria de problemas cardíacos, faleceu por volta das 0:30 locais (17:30 de terça-feira em Lisboa), dez dias depois de ter sido internada com sintomas, explicou Lei Wai Seng.
As quatro mortes já registadas em Macau foram de idosos portadores de doenças crónicas.
A cidade registou nas últimas 24 horas 32 novos casos de covid-19, o número mais baixo desde 22 de junho, com 10 infeções detetadas fora das zonas já colocadas em isolamento.
Ainda assim, Leong Iek Hou, do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, defendeu que os residentes devem “manter-se muito atentos para reduzir ao máximo o risco de transmissão”.
Na quinta-feira, vai começar uma ronda de testagem massiva da população, a nona ronda desde o início do atual surto de covid-19, que causou mais de 1.600 infetados.
A população está obrigada também a realizar testes diários antigénio e a carregar a imagem com o resultado para uma plataforma ‘online’.
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