É demasiado irónico, paradoxal e dissonante que um grupo terrorista faça um apelo ecológico. Mas foi isso mesmo que sucedeu com os militantes islamistas da Somália al-Shabaab, afiliados da al-Qaeda.
Segundo o The Independent, na semana passada foi transmitida uma mensagem deste grupo jihadista na Radio Andalus que dizia serem os “sacos de plástico” uma ameaça para a Humanidade e um desperdício que faz mal ao ambiente.
Este grupo de facínoras, que foi “limpo” de Mogadíscio, capital da Somália, mas que se mantém em seu redor, é responsável por dezenas de mortes no Quénia, mas considera que a “ameaça” está nos sacos de plástico. Assim, decidiram proibir (não se sabe de que forma) o uso dos referidos sacos e o corte de árvores raras.
Muitos comentaram que este seria o primeiro grupo jiahdista “amigo do ambiente”, mas outros grupos terroristas já apelaram há mesma causa.
Em 2016, de uma fação do Iémen chegou uma mensagem sobre a fraca prestação da administração de Barack Obama contra as alterações climáticas. No ano passado, foi a vez do líder do talibãs chamarem os afegãos para plantarem mais árvores devido ao seu importante “papel na proteção do ambiente, no desenvolvimento económico e na beleza da Terra”.