“Determinei que é tempo de reconhecer oficialmente Jerusalém como capital de Israel”, afirmou Donald Trump, que anunciou também, como se esperava que vai dar ordens ao Departamento de Estado para mudar a embaixada dos EUA de Telavive para Jerusalém.
Os Estados Unidos tornam-se assim no único país do mundo a reconhecer Jerusalém como capital de Israel.
A comunidade internacional nunca reconheceu Jerusalém como capital de Israel, nem a anexação da parte oriental conquistada em 1967.
Israel considera a Cidade Santa a sua capital “eterna e reunificada”, mas os palestinianos defendem pelo contrário que Jerusalém-leste deve ser a capital do Estado palestiniano ao qual aspiram, num dos principais diferendos que opõem as duas partes em conflito.
Os países com representação diplomática em Israel têm as embaixadas em Telavive, em conformidade com o princípio, consagrado em resoluções das Nações Unidas, de que o estatuto de Jerusalém deve ser definido em negociações entre israelitas e palestinianos.
Uma lei norte-americana de 1995 solicitava a Washington a mudança da embaixada para Jerusalém, mas essa medida nunca foi aplicada, porque os Presidentes Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama adiaram sua implementação, a cada seis meses, com base em “interesses nacionais”.
Guterres diz que “não há alternativa” a solução de dois estados para conflito israelo-palestiniano
O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse hoje que a paz no Médio Oriente só será possível concretizando a visão de dois estados, com Jerusalém como a capital de ambos, Israel e a Palestina.
Numa declaração que durou cerca de dois minutos, Guterres disse que só “concretizando a visão de dois estados a viver lado a lado, em paz, segurança e reconhecimento mútuo, com Jerusalém como a capital de Israel e da Palestina” é que “as aspirações legítimas de ambos os povos serão alcançadas.”
“Quero deixar isto bem claro: não há alternativa para a solução de dois estados. Não há plano B”, garantiu o secretário-geral.
com Lusa