O Presidente norte-americano, Donald Trump, defendeu hoje que a única solução será “destruir totalmente” a Coreia do Norte caso o regime de Piongyang continue a ameaçar os Estados Unidos e aliados.
“É altura de a Coreia do Norte perceber que a sua desnuclearização é o único futuro aceitável”, advertiu Trump, na sua primeira intervenção perante a Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que começou hoje na sede da organização, em Nova Iorque.
O chefe de Estado norte-americano insistiu que os testes nucleares e de mísseis balísticos da Coreia do Norte “ameaçam o mundo inteiro”, pedindo unidade para isolar o regime de Pyongyang.
“Os Estados Unidos têm um grande poder e paciência, mas se formos forçados a defender-nos e a defender os nossos aliados, não teremos outra opção se não a de destruir totalmente a Coreia do Norte. O ‘rocket man’ está numa missão suicida para si mesmo e para o seu regime”, explicou Trump no seu discurso, fazendo referência ao líder norte-coreano, Kim Jong-un.
Guterres: “Conversa inflamável pode conduzir a mal-entendidos fatais”
O secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou, por seu lado, que a ameaça nuclear está “ao nível mais alto desde a Guerra Fria” e avisou as partes envolvidas na crise da Coreia do Norte que “conversa inflamável pode conduzir a mal-entendidos fatais”.
“As ansiedades globais sobre armas nucleares estão ao nível mais alto desde a Guerra Fria”, disse Guterres no seu primeiro discurso como secretário-geral da ONU durante uma Assembleia-Geral da organização.
Sobre a Coreia do Norte, disse que o uso das armas nucleares é “impensável”, mas que o medo “não é abstrato”.
Sublinhou que “apenas a unidade pode conduzir à desnuclearização da Península da Coreia e criar uma oportunidade para uma relação diplomática que resolva a crise”.
Sobre a retórica de guerra entre os EUA e o país de Kim Jong-un, o português avisou que “conversa inflamável pode conduzir a mal-entendidos fatais”.