O partido do Presidente Emmanuel Macron venceu este domingo a primeira volta das eleições legislativas em França com 32,32% dos votos.
A seguir ao partido do Presidente francês Emmanuel Macron surgem Os Republicanos (direita), com 21,56% dos votos, e a Frente Nacional (extrema-direita), com 13,20%. O partido socialista conquistou apenas 9.5% dos votos.
Face a estes resultados, Macron poderá assegurar até 430 lugares dos 577 da Assembleia Nacional. Os Republicanos poderão assegurar entre 85 e 125, o PS entre 20 e 35, a França Insubmissa entre 11 e 21 e a FN entre 3 e 10.
Caso não haja candidatos com mais de 50% dos votos nas diferentes circunscrições, só aqueles que tiverem, pelo menos, 12,5% dos votos dos eleitores inscritos passam à segunda volta, a 18 de junho.
A maioria absoluta no parlamento francês é de 289 assentos parlamentares em 577.
Marine Le Pen apela à mobilização para a segunda volta
A presidente do partido da extrema direita francesa Frente Nacional, Marine Le Pen, apelou hoje aos “eleitores patriotas” para uma “forte mobilização” na segunda volta das eleições legislativas francesas, preocupada com uma “abstenção catastrófica”.
Na primeira volta de hoje, o partido, segundo as projeções, teve cerca de 13% dos votos, algo que o vice-presidente, Florian Philippot, admitiu que foi dececionante.
“Tivemos talvez uma pontuação dececionante”, disse, acrescentando acreditar que o partido foi penalizado pela abstenção, que terá ultrapassado os 50% (o que acontece pela primeira vez numa primeira volta).
Marine Le Pen não comentou os resultados, mas disse que “as eleições não levantaram qualquer entusiasmo entre os franceses”.
Mélenchon satisfeito com os resultados, mas lamenta abstenção
Jean-Luc Mélenchon, o líder do movimento de esquerda França Insubmissa, considerou hoje que a grande abstenção na primeira volta impediu uma maioria contra o código laboral e afirmou-se satisfeito com a “posição destacada” do seu partido.
A elevada abstenção “mostra que não há maioria neste país para destruir o código laboral, reduzindo as liberdades públicas, nem a irresponsabilidade ecológica” do programa do Presidente Emmanuel Macron, disse o líder da esquerda radical, num comentário às projeções sobre a primeira volta das eleições legislativas de hoje.
Numa breve declaração, Mélenchon lamentou que o apoio ao partido do Presidente, A República em Marcha! (que venceu as eleições de hoje) mostre que a França não acredita que se podem “fazer as coisas de outra maneira”.
A França Insubmissa “viu confirmada a posição de destaque constituída nas presidenciais” de abril e maio.
Na segunda volta, “não deem nem permitam que se dê plenos poderes ao partido do Presidente”, disse Mélenchon, acrescentando que são os deputados da França Insubmissa que representam a oposição ecológica e social.