A polícia britânica confirmou hoje que o terceiro autor dos atentados de sábado em Londres era Youssef Zaghba, um italiano de origem marroquina, de 22 anos, cuja identidade foi revelada pouco antes pela imprensa italiana.
Segundo a polícia, Zaghba viva na zona leste de Londres e a família já foi notificada.
As autoridades afirmaram também que Zaghba “não era objeto de interesse” para a polícia ou os serviços de informações.
Segundo o jornal italiano Corriere dela Sera, Youssef Zaghba era filho de um marroquino e de uma italiana.
Nascido em Fez, Marrocos, em janeiro de 1995, Zaghba foi detido no aeroporto de Bolonha em março de 2016, de onde pretendia partir para a Turquia para daí chegar à Síria, segundo o jornal.
O jornal La Repubblica escreveu por seu lado que o telemóvel que lhe foi confiscado na altura continha vídeos do grupo extremista Estado Islâmico.
Zaghba chegou a ser presente a tribunal, em Itália, mas o juiz considerou não haver provas suficientes para uma acusação formal, segundo o mesmo jornal.
O Corriere acrescentou que os serviços de informações de Itália informaram os serviços britânicos dos movimentos de Youssef Zaghba.
Na segunda-feira, a polícia britânica anunciou a identificação dos outros dois autores dos ataques: Khuram Butt, 27 anos, natural do Paquistão, e Rachid Radouane, 30, ambos residentes em Barking, no leste de Londres.
O comandante da unidade antiterrorista, Mark Rowley, precisou que Khuram Butt, um britânico de origem paquistanesa, era conhecido dos serviços de segurança, mas que não existiam elementos que sugerissem que o suspeito estaria a preparar um ataque.
Rachid Redouane, que teria nacionalidade marroquina e líbia, não estava assinalado pelos serviços de segurança, de acordo com o mesmo responsável.
Redouane utilizava outra identidade: Rachid Elkhdar, 25 anos.
A polícia referiu que os dois atacantes viviam no mesmo bairro, Barking, no leste de Londres, onde a polícia deteve várias pessoas nos últimos dias.
A identidade dos dois atacantes foi revelada quando estava a decorrer uma vigília em memória das vítimas dos ataques de sábado perto da zona da ponte London Bridge.
Segundo vários ‘media’ britânicos, Khuram Butt participou no ano passado num documentário do canal Channel 4 intitulado “Os meus vizinhos ‘jihadistas'” e chegou a trabalhar na rede pública de transportes londrinos TFL.
Os ataques de sábado na capital britânica foram reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI). As autoridades continuam a investigar os ataques ocorridos na ponte London Bridge e junto à zona de animação noturna Borough Market.
Os ataques fizeram pelo menos sete mortos e 48 feridos, dos quais 36 permaneciam hospitalizados. Os três atacantes foram abatidos pelas forças policiais.