Esta história podia começar com um “Era uma vez o senhor Goldman que se juntou ao senhor Sachs para formarem uma empresa financeira que haveria de conquistar o mundo”. Mas é muito mais ilustrativo começar com uma enorme Vampyroteuthis Infernalis, ou lula-vampiro-do-inferno, “enrolada em torno da face da Humanidade e a sugar-lhe tudo o que cheire a dinheiro”. A metáfora da biologia marítima não é minha nem é nova – ficou imortalizada num extenso artigo de 2009 de Matt Taibbi, publicado na Rolling Stone, que haveria de dar um livro chamado Griftopdia, e desde então utilizada amiúde para explicar aos leigos a essência da Goldman Sachs (GS). Hoje que a empresa volta a estar nas bocas do mundo por contratar para chairman não-executivo e adviser o ex-presidente da Comissão Europeia Durão Barroso, a imagem do bicho das profundezas que se alimenta de cadáveres em putrefação e excrementos ressurge na cabeça de muitos dos que seguem atentamente os mercados financeiros.
Não é de agora que a Goldman Sachs se tornou no alvo favorito dos críticos que se atiram a Wall Street. A história da Goldman é feita com os mesmíssimos ingredientes da maior praça financeira do mundo e centro do capitalismo global: inteligência, trabalho e ambição mas também imprudência e ganância, juntas num caldo de princípios éticos convenientemente deixados em “banho-maria”. Desde a sua fundação, em 1869, que a Goldman se tem visto envolta em escândalos financeiros de espécie vária, quase sempre no centro do furacão de bolhas especulativas e crashs estrondosos, e quase sempre com o mesmo desfecho: somar e seguir, maior e mais forte, depois de ajudar a evaporar milhões de euros dos bolsos dos investidores.
Esta narrativa escreve-se também de personagens carismáticos que parecem saídos de um filme. Figuras como Lloyd Blankfein, o todo-poderoso (e pouco escrupuloso, dirão alguns) CEO da Goldman que subiu a pulso, defensor do mercado livre a todo o custo ou simplesmente, como se definiu, um “banqueiro que faz o trabalho de Deus”. Ou como Robert Rubin e Hank Paulson, que lideraram os destinos da Goldman e saíram pela porta giratória que liga a empresa diretamente aos cargos políticos de alta influência para assumir funções como secretários do tesouro norte-americano, alimentando numerosas controvérsias e teorias da conspiração de favorecimentos à casa que os viu crescer (e os tornou ricos). Ou de Fabrice Tourre, o trader autoapelidado de Fabulous Fab, que chamava aos produtos que tinha criado e impingido ao mercado “pequenos Frankensteins”.
Na cama com o poder
Foram estes e outros “goldmanites”, epíteto pelo qual são conhecidos os altos quadros da GS por vezes usado em tom de impropério, que ajudaram a fazer dela a mais desejada e vilipendiada instituição financeira do mundo. Desde sempre que a Goldman se deita na cama com o poder político. As relações íntimas começaram cedo, logo no início do século passado. Já em 1913, Henry Goldman aconselhou o governo sobre a forma de constituição da Reserva Federal, recém-constituída para supervisionar Wall Street. Sidney Weinberg, que liderou a GS durante quatro décadas, aconselhou presidentes, de Roosevelt a Kennedy, ganhando o cognome de O Político pelas relações próximas que sempre manteve em Washington. A Goldman angariou fundos para Nixon, Reagan, Clinton e George W. Bush, ao mesmo tempo que distribuiu cachets milionários para consultoria ou conferências a figuras como Henry Kissinger ou Lawrence Summers. Durão Barroso vai juntar-se a José Luís Arnaut e é um importante nome de uma longa lista de gente poderosa que entrou ou saiu da Goldman de ou para lugares influentes. Entre os portugueses que por lá passaram recentemente conta-se o falecido António Borges, que foi vice-presidente da Goldman Sachs Internacional e Carlos Moedas, atual comissário europeu para a Inovação, Investigação e Ciência. (veja aqui um relato de um ex-goldnamite sobre como se chega a líder na instituição)
Um Nemo que virou tubarão
Já que começámos com uma metáfora marinha, prosseguimos com outra. A Goldman Sachs é conhecida como o tubarão da alta finança em Wall Street. “Aquilo não é para meninos. A Goldman está no mercado para fazer dinheiro na esmagadora maioria das vezes dentro da lei. Há instituições com mais e menos restrições de natureza ética, e a ideia que tenho é que a Goldman tem muito poucas. Mas risco reputacional não é algo que afete a Goldman. Aliás, escândalos como o do seu papel na crise do subprime surtem o efeito contrário: fazem publicidade a um segmento de mercado com muita procura, o das ‘chafurdices’. É um pouco como acontece com os advogados, que ficam conhecidos por defender grandes criminosos e gente corrupta – os outros criminosos e os corruptos vão à procura deles”, explica à VISÃO João Duque, professor catedrático de Finanças e presidente do Instituto Superior de Economia e Gestão.
Mas nem sempre foi assim. Na sua origem, quando Marcus Goldman fundou a M. Goldman e anos mais tarde se juntou a um sócio mais novo chamado Samuel Sachs, este banco de investimento foi o corolário de excelência onde só entravam os melhores e onde os interesses dos clientes e do mercado estavam sempre em primeiro lugar. Como conta Charles D. Ellis no livro The Partnership, a obra que descreve mais detalhadamente a história da empresa desde as suas origens, o segredo do sucesso da Goldman foi desde o início contratar pessoas ambiciosas da classe trabalhadora. Quanto mais queriam vingar na vida, mais ganhos trariam à empresa.
Nestes tempos, os métodos eram outros, mais comedidos nos meios para chegar ao fim: os lucros. O princípio pelo qual se pautavam era claro – o da “ganância de longo-prazo”, como mais tarde apelidou Gus Levy, o anterior CEO da Goldman. “Os lucros vinham de relações duradouras com as firmas. Eles queriam que a IBM fosse cliente por 100 anos. E isso significava tratar bem os clientes”, explica William D. Cohan, autor de outra obra de referência sobre a empresa Money and Power: How Goldman Sachs Came to Rule the World, que falou à VISÃO (leia a entrevista aqui). As coisas mudaram de forma drástica quando a empresa passou a meter os lucros imediatos à frente, mesmo que isso pudesse pôr em causa a estabilidade dos mercados ou mesmo os interesses dos clientes. “Muito da postura cautelosa e ética sólida perdeu-se quando foi para a bolsa e se tornou pública – foi a última casa financeira grande a fazê-lo. E, quando passou a ter de mostrar resultados trimestrais, tornou-se mais focada no curto prazo”, alega.
De bolha em bolha
Apesar da postura cautelosa do início, o posicionamento da Goldman no olho do furação das tempestades financeiras começou cedo. E desde logo também surgiram as dúvidas sobre a moralidade de alguns dos seus comportamentos. Durante a Grande Depressão, a casa de investimento envolveu-se num gigantesco esquema de pirâmide tipo Ponzi através de dois fundos chamados Blue Ridge e Shenandoah. Quando o mercado veio abaixo, tudo se desmoronou, e a Goldman viu as suas ações afundarem de 326 para 1,75 dólares. Os fundos ficaram para a história dos desastres financeiros como exemplos clássicos da insanidade em investimentos alavancados.
Se fizermos um fast forward de seis décadas, a história repete-se na bolha especulativa das ações tecnológicas. A Goldman foi uma das grandes responsáveis por atiçar o lume da euforia irracional em torno das ações das dotcoms. Ao mesmo tempo que colocava no mercado em IPO (Ofertas Públicas de Venda Iniciais) empresas imberbes que nunca tinham dado um tostão, acenava aos investidores com generosos preços-alvo (estimativas de preço das ações no futuro) que prometiam ganhos elevados. Tal como outras casas de investimento (Morgan Stanley e Credit Suisse, no topo do ranking dos IPOs tecnológicos), deixou de exigir lucros passados para meter uma empresa na bolsa, contentando-se apenas com as promessas de lucros futuros. O problema é que, na maior parte dos casos, eles nunca chegariam. Mais uma vez os mercados acionistas afundaram, recuando dos valores irracionais a que chegaram em 2001. O resultado foram 5 biliões de riqueza evaporados das bolsas. Apesar disso, entre 1999 e 2002, a Goldman Sachs distribuiu em prémios e benefícios uma média de 350 mil dólares por ano… por empregado.
Matt Taibbi, usou mais uma imagem marcante: a de um melão atirado pela janela. Todos sabiam que, depois de atirado o fruto de um arranha-céus, ele em breve chegaria cá abaixo e rebentaria com estrondo. Só que a mantra da empresa passou a ser conseguir o máximo de negócios possível antes do melão chegar ao chão.
Vender gato por lebre
E assim chegamos a 2006, nos tempos loucos antes da bolha do subprime. O que se passou é simples: os bancos afrouxaram os critérios apertados com que sempre se pautaram e começaram a emprestar dinheiro para todo o “gato-sapato” americano comprar casa, tivesse ou não um emprego estável e rendimento disponível para pagar o crédito. Assim nasceram um pouco por toda a América hipotecas “manhosas” (subprime) que se sabia que a maior parte dos titulares não seria capaz de vir a pagar. Como se isto não fosse suficientemente mau, empresas como a Goldman Sachs e outras começaram a empacotar estas hipotecas em produtos de investimento com um nome chique mas que não passavam de lixo: as Obrigações Colaterizadas de Dívida (Collateralized Debt Obligations, ou CDO). À boca pequena, os traders chamavam-lhes carinhosamente “crap pools”, ou “piscinas de porcaria”. Produtos que depois venderam para o mundo inteiro e que contaminaram as folhas de balanço dos principais bancos do mundo com esta dívida tóxica. Mas fizeram mais. Alguns poucos iluminados, incluindo a Goldman Sachs, anteciparam a queda do mercado e começaram a ganhar dinheiro investindo no estoiro desta bolha. Surgiram assim os Credit Default Swaps para apostar contra o desempenho destas hipotecas e, bem vistas as coisas, da economia americana. Quanto maior fosse o banho de sangue, mais ganhavam.
O filme A Queda de Wall Street explicou bem os contornos deste enorme engodo global que culminou no estoiro da bolha e com repercussões económicas em todo o mundo. Michael Lewis, autor do livro que inspirou o filme chamado The Big Short, é um dos grandes críticos da Goldman Sachs e da falta de moralidade do sistema. Em entrevista em outubro de 2014 para o Expresso, disse-me: “O papel da Goldman Sachs na crise financeira foi enorme. Eles são líderes de Wall Street, as pessoas imitam tudo o que eles fazem. E ao criarem as obrigações de subprime, e depois ao ganharem dinheiro com o facto daquilo correr mal, fica tudo em dúvida. O que fizeram foi horrível – pode não ter sido ilegal, mas devia ser ilegal. O seu comportamento foi pavoroso e exacerbou todos os problemas de forma significativa.”
Um documento importante ajudou a arrumar as ideias para a história. Wall Street and the Financial Crisis: Anatomy of a Financial Collapse, um relatório publicado em 2011 e assinado por um comité de investigação do Senado, que ficou coloquialmente conhecido como o Relatório Levin-Coburn graças aos nomes dos autores, deu conta das más práticas de então. Tendo citado diversos bancos de investimento como responsáveis pelos acontecimentos que deram origem à crise, escolheram a Goldman Sachs e também, em menor escala, o Deutsche Bank, como case studies. A conclusão foi clara: os bancos de investimento foram a força motriz por detrás da disseminação dos CDO e, como tal, causas maiores da própria crise. Este relatório terminava com uma série de recomendações para os bancos de investimento, agências de rating e entidades de supervisão, que em bom rigor deixaram esta enorme bola de neve engrossar mesmo à frente dos seus olhos e nada fizeram.
Com efeito, o papel das autoridades de supervisão foi amplamente criticado. Houve mesmo quem denunciasse uma conivência especial com as principais instituições de Wall Street. Carmen Segarra, uma agente da Reserva Federal que estava colocada na instituição financeira, trouxe a público 46 horas de gravações com conversas comprometedoras que denunciavam uma especial deferência em relação à Goldman, tal como um sistemático e amedrontado “fechar de olhos”. O caso ficou conhecido como as Goldman Sachs Tapes, e claro, Carmen foi demitida.
Esta cultura de submissão e não de autoridade por parte da Reserva Federal não surpreende William D. Cohan. “A Fed nunca foi independente, desde a sua criação em 1913. Esta ideia de independência de entidade pública foi uma pátina que o Congresso lhe passou por cima, mas na verdade não é. É tudo uma miragem. Na maioria das vezes, a regulação funciona no interesse de Wall Street”, afirma.
Depois da crise, foram implementadas medidas regulatórias mais apertadas de controlo dos bancos de investimento. Mas poucos acreditam que evitem novos casos polémicos. “Os escândalos tornam o mundo mais seguro àquele tipo específico de acontecimentos: o pior é que o mundo muda a alta velocidade. O mundo é por natureza irregulável – há acontecimentos imprevisíveis e a imaginação humana é inesgotável. Quem diria, há 15 dias, que teríamos um jogo chamado Pokémon Go que ia deixar meio mundo maluco? As coisas podem mudar muito rápido, e as entidades de supervisão são sempre o gato atrás do rato. E o gato está a correr atrás de um rato que se esfuma e vira cão de um momento para o outro”, compara o professor João Duque.
Um Frankenstein chamado Abacus
A Goldman viu-se a braços com críticas vindas de todo o lado, virando o alvo predileto dos manifestantes do movimento Occupy Wall Street. Sendo certo que não o fizeram sozinhos, personificaram o que de pior – e mais imoral – havia na maior praça financeira do mundo. Um caso porém foi além dos protestos e da mera discussão ética. Ficou conhecido como Abacus, o nome de uma das várias obrigações colaterizadas de dívida que a Goldman Sachs colocou no mercado e que as autoridades vieram a considerar fraudulento. Fabrice Tourre, um gestor da Goldman, engendrou um produto, que era uma amálgama de obrigações tóxicas, de forma a que um grande cliente da casa de investimento (um gestor famoso chamado John Paulson) pudesse apostar contra ele (ou “shortar”) através de swaps. Paulson ajudou mesmo a escolher o “lixo” que queria dentro deste CDO. Este produto foi depois colocado no mercado junto de clientes institucionais que não sabiam que tinha sido secretamente desenhado para falhar. Fabrice foi apanhado numa troca de mails com a namorada apelidando-se de Fabulous Fab, e chamando ao Abacus “Frankenstein” e um produto de “pura masturbação intelectual”.
A Goldman Sachs viu-se então a braços com um processo judicial de responsabilidade civil, e apressou-se em chegar a acordo, aceitado pagar a maior multa de sempre: 550 milhões de dólares (425 milhões de euros, ou o mesmo que o banco fazia em receitas de trading numa semana, segundo o The Guardian). O processo continuou para Fabrice, que foi condenado em 2014 ao pagamento de uma multa de 825 mil dólares (cerca de 750 mil euros). Ironicamente, ou talvez não, Fabrice foi contratado como professor de análise económica na Universidade de Chicago. Para muitos, este caso foi porém o bode expiatório para calar a opinião pública. “Neste processo, a Goldman transformou-se numa espécie de poster do mau comportamento porque são os líderes e o alvo mais fácil. Detesto estar na posição de ter de defender a GS, mas ela virou o saco de pancada porque deu jeito ao governo ter um bode expiatório”, afirma William D. Cohan.
Dívida escondida com o rabo de fora
Um dos sapos mais difíceis de engolir para Durão Barroso será com toda a certeza o caso da dívida grega. Afinal, ele que presidiu ao órgão executivo da União vai agora trabalhar com a instituição que ajudou a contornar as regras europeias. A história já vem de 2001 (embora só tenha sido conhecida em 2010) e foi engendrada pelo atual CEO Lloyd Blankfein, que à data geria a unidade de trading. Em resumo, a Goldman foi o parceiro precioso da Grécia para mascarar o estado das suas finanças públicas, arranjando um empréstimo secreto de 2,8 mil milhões de euros disfarçado de swap cambial, produto que não vai às contas. É preciso que se diga que os swaps são instrumentos financeiros usados por outros estados europeus, incluindo Portugal, o problema é que, neste caso, foi usada uma taxa cambial fictícia. Como resultado, desapareceu como por magia 2% da dívida grega, numa operação que foi descrita em 2009 por Christoforos Sardelis (chefe da Agência de Dívida Pública grega) como “uma história muito sexy entre dois pecadores”. Para a GS, o negócio foi nada menos do que espetacular: representou 12 por cento das receitas do departamento de Blankfein, que nesse ano apresentou vendas recorde. A coisa complicou-se e, em 2005, os valores fora do balanço grego ascenderam a 5,1 mil milhões de euros. Em 2009, três meses antes do estado das finanças gregas vir a público, a Goldman propôs novo acordo de encobrimento de dívida, mas que a Grécia desta vez rejeitou.
“Os swaps cambiais implementados pelo estado grego foram transações de gestão de dívida inteiramente legítimas validadas na altura pelo Eurostat”, justifica a Goldman depois de contactada pela VISÃO.
Barroso, um durão?
Chegada aqui, qual o caminho adiante para a Goldman Sachs, eis a questão. “Competitivamente, a GS está com uma mão atada atrás das costas. Não podem crescer nem comprar bancos, foram obrigados a sair de algumas áreas de negócios e é-lhes exigido que tenham mais capital do que alguma vez foi exigido antes. A GS, tal como outros bancos, está num processo de perceber como lidar com o novo ambiente regulatório. Eu acredito que eles vão descobrir como fazê-lo e que, quando descobrirem, vão fazer mais dinheiro do que alguma vez fizeram antes. Na verdade, esta é uma nova Era Dourada em Wall Street, porque há cada vez menos players em posições muito poderosas“, diz Cohan.
E qual será o papel de Durão Barroso neste processo? “Não terá nenhuma capacidade como chairman de mudar seja o que for ou influenciar alguma coisa. O seu papel será como relações públicas e um adviser de luxo. Pode dar opiniões e abrir portas, mas pouco mais. Mas a verdade é que Durão Barroso abre qualquer porta do mundo e a Goldman Sachs tem os estados como grandes clientes”, afirma João Duque. Algo que fontes próximas de Durão não confirmam. “Vejo o meu papel como chairman em sentido britânico, importante no desenvolvimento da cultura da empresa. Terei um papel quase regulatório de controlar e confrontar o executivo com decisões internas. Assegurei que os princípios de boa governação, responsabilidade e accountability são cumpridos”, confessou no seu círculo mais íntimo. Durão diz que as pessoas da GS estão preocupadas em desenvolverem standards mais elevados e que pretende “ajudar a desenhar um contexto para a melhoria destes standards”. Antes de aceitar o cargo, Durão falou longamente com responsáveis executivos da Goldman e acredita que é sincero e determinado o seu esforço no sentido de reforçar o regulamento de acordo com as normas de supervisão, disse à VISÃO fonte próxima.
Conseguirá afinal Barroso, o durão, dobrar os “goldnamites”? Só as cenas dos próximos capítulos o dirão.