Devia ser um dia de festa, um dia que marcava a revolução francesa de 1789. Mas agora o dia 14 de julho será marcado por um mais um ataque terrorista em França. Veja os relatos de várias testemunhas. Anónimas, ou não fôssemos todos iguais na impotência perante tamanho horror.
“Havia crianças mortas com os pais e os brinquedos junto a elas. Bocados de carne, cérebros e vestígios de sangue. Aquele odor forte… Algumas pessoas pararam para chorar e outras passaram sem emoção. Os corpos estendidos por baixo de lençóis… Vi coisas que ninguém devia ver.”
“Foi horroroso. Havia corpos estendidos na estrada. Algumas pessoas estavam a tentar salvar a vida dos seus amigos, gritavam por uma ambulância, pela polícia. Quanto mais andava em direção ao Place Masséna, mais corpos haviam.”
“Foi horrível, foi mesmo horrível. Nunca tinha visto algo assim na minha vida. Não consigo sequer dizer quantas pessoas vi morrer à minha frente.”
“As pessoas começaram a entrar em pânico e estavam a correr e a gritar.”
“Ele [o terrorista] chocou contra imensas pessoas. Eu acenei ao motorista, ‘Pára, há uma rapariga debaixo do camião’”
“Vi corpos a voar como se fossem pinos de bowling no seu caminho. Ouvi sons, gemidos que nunca vou esquecer.”
“Podia ouvir gritos, choros e parecia bowling, as pessoas estavam a ser atiradas ao ar a dois ou três metros de altura. Em frente ao meu restaurante haviam pelo menos dez pessoas deitadas na rua, mortas.”
“Andei cerca de uma milha, e havia mortos em todo o lado. Penso que estavam 30 mortos no chão e muitas pessoas feridas.”
“Não eram permitidos carros no passeio por causa das celebrações e foi tudo um bocado estranho e depois eu pensei ‘m****’, toda a gente começou a correr, então peguei nos meus filhos e depois os tiros começaram.”
“Ouvi dois estrondos. Pensei que fosse fogo de artifício e depois não pensei nada sobre isso, mas, de repente, as pessoas começaram a correr na direção oposta e a gritar.”
“De repente, ouvi o embate e as pessoas a gritar. Havia tantas pessoas no chão.”
“Ouvimos o estrondo e, minutos depois, as pessoas começaram a correr. A minha reação inicial foi correr na direção deles para descobrir o que se estava a passar. Encontrei as autoridades, que diziam a todos para saírem dali. As pessoas estavam em pânico. Dava para ver o medo no rosto delas enquanto corriam. Isso indicava que o que estava a acontecer era algo sério, estavam todos muito assustados.”
“[O camião] esmagou toda a gente no seu caminho.”