O estado com mais população dos Estados Unidos da América vai hoje a votos e os resultados podem colocar em risco o lugar de Hillary Clinton como representante do partido democrático nas eleições de novembro.
Para se consagrar o candidato eleito pelos democratas, Sanders necessita do apoio de 2382 delegados dos 4763 existentes no país. O senador do estado de Vermont tem, neste momento, 1501 delegados e Clinton está mais perto de chegar a esse objetivo com 1769, mas uma grande vitória nas primárias da Califórnia pode reverter estes números, uma vez que estão em jogo os votos de 548 delegados.
A vitória de Sanders nestas primárias pode fazer com que os superdelegados – delegados que podem escolher o seu candidato independentemente do sentido de voto no estado a que pertencem – de Clinton retirem o seu apoio.
Um estudo estatístico conduzido pelo USC Schwarzenegger Institute for State and Global Policy mostrou que a principal preocupação dos eleitores californianos é a economia. Uma mais-valia para Sanders que declarou que, caso fosse eleito, a sua administração iria focar-se em criar 13 milhões de empregos para corrigir a infraestrutura “desfeita” do país. “Os empregos são uma questão importante, não apenas aqui como em todo o país,” disse Sanders numa campanha em San Bernardino. “Nós queremos aumentar o salário mínimo para 15 dólares por hora para que quem trabalha 40 horas por semana não viva na pobreza.”
Depois de terem eleito o primeiro presidente afro-americano, os EUA estão perto de eleger a primeira presidente do sexo feminino. Mas tal não acontecerá se Bernie Sanders arrecadar um número significativo de delegados. Pelo menos nas eleições deste ano.