As autoridades sanitárias alemãs descobriram a bactéria E.coli em folhas de alface, num produtor hortícola de Fürth, na Baviera, quatro dias depois de ter sido levantado o alerta contra o consumo deste legume, foi hoje anunciado. A direção geral de saúde local está a examinar as vias de distribuição dos produtos da referida empresa, e mandou retirar a alface em questão do mercado.
No entanto, os especialistas consideram improvável que haja uma relação entre a descoberta em Fürth e o surto infecioso de E.Coli no norte da Alemanha, que já contaminou mais de 3.200 pessoas e causou 36 mortes.
Nos últimos dias, porém, o número de contágios tem diminuído, voltou hoje a sublinhar o Instituto Robert Koch (RKI), de Berlim, que funciona como agência federal de combate a doenças.
Na sexta-feira, o RKI anunciou, após intensas pesquisas, que o referido surto de uma perigosa estirpe da bactéria E.coli teve origem em rebentos vegetais produzidos numa exploração agrícola de Bienenbuettel, na Baixa Saxónia.
No mesmo dia, as autoridades sanitárias germânicas levantaram as recomendações contra o consumo de pepino, tomate e alface crus, que estavam em vigor desde 25 de maio.
Quanto à bactéria surgida agora em Fürth, as análises para apurar se é estirpe da que provoca a perigosa Síndrome Hemolítica Urémica (HUS), causadora de sérios danos nos rins e no cérebro e responsável pela maioria das mortes –, só estarão concluídas na próxima semana, revelou a direção geral de saúde bávara.
Um porta voz do ministério federal da agricultura e defesa do consumidor disse hoje, em Berlim, que até agora foram feitos em todo o país quase nove mil testes laboratoriais a diversos tipos de alimentos, sobretudo pepinos, tomates, alfaces e rebentos vegetais.
Devido à dimensão das análises, já era de esperar que fossem encontradas outros genes da bactéria E.coli que não estão relacionados com a onda de contaminações, adiantou a mesma fonte.