O orçamento da Câmara de Lisboa para o próximo ano, no valor de 698,5 milhões de euros, foi esta quarta-feira aprovado pelo executivo com votos contra de toda a oposição, que criticou um aumento do encargo fiscal para os munícipes.
A proposta com as Grandes Opções do Plano para 2015-2018 e com o orçamento para 2015 foi aprovada com votos contra do PCP, do PSD e do CDS-PP e votos favoráveis do PS (que detém maioria na Câmara) e do movimento Cidadãos Por Lisboa, eleitos nas listas socialistas.
O vereador do PSD António Prôa, sublinhou, numa conferência de imprensa após a reunião, que “o orçamento traduz a intenção de ter novas taxas e tarifas”, referindo-se à Taxa Municipal Turística, à Taxa Municipal de Proteção Civil, à tarifa de resíduos urbanos e à tarifa saneamento (esta última vai ser atualizada).
Residentes isentos da Taxa Municipal Turística
O vice-presidente da Câmara de Lisboa disse que os residentes em território nacional estarão isentos de pagar um euro pelas chegadas aéreas a Lisboa, medida prevista na Taxa Municipal Turística, que a autarquia pretende criar em 2015.
“Assume-se que o turismo nacional que chega a Lisboa, não chegará genericamente por via aérea, chegará via carro e de comboio ou de outras formas de transporte, e por isso todos os residentes em território nacional estarão isentos”, como os que vivem nas regiões autónomas e no continente, afirmou hoje Fernando Medina, que falava numa conferência de imprensa sobre o orçamento para o próximo ano, o qual foi hoje aprovado em reunião do executivo municipal.
A Taxa Municipal Turística esteve em discussão pública entre 20 de dezembro e 3 de dezembro e deveria ser votada na reunião de hoje mas, a pedido do PSD, foi adiada para um novo encontro a realizar na quinta-feira de manhã.