Os principais índices accionistas americanos registaram um comportamento misto na passada semana com os índices generalistas – Dow Jones e S&P 500 – a registarem perdas e o “tecnológico” Nasdaq a subir ligeiramente, graças à recuperação tardia na sessão de 6.ª feira. Entre os investidores, os receios “recessionistas” voltaram a ganhar expressão perante a divulgação de maus indicadores do estado da principal economia mundial. Na 5.ª feira, o dado divulgado semanalmente relativo aos novos pedidos de subsídio de desemprego, atingiu a barreira psicológica dos 500.000 novos pedidos. Este dado reforçou os receios da persistência de uma elevada taxa de desemprego e foi ainda interpretado como um sinal negativo para o sempre importante relatório do emprego que será divulgado em 3 de Setembro próximo. A consequência directa desta falta de confiança e pessimismo entre os investidores resultou numa procura de “activos refúgio”, tendo o dólar americano e as obrigações governamentais sido as principais escolhas dos investidores. As yields (taxas) das obrigações do governo americano voltaram a registar quedas significativas.
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Os mercados europeus terminaram a semana em mínimos de um mês, penalizados pelos fracos dados económicos divulgados nos EUA. O índice FTSE (de Londres) perdeu 1.5%, o CAC (de Paris) deslizou 2.3% e o DAX (de Frankfurt) caiu 1.7%, numa semana em que o governo francês reviu em baixa o crescimento económico para 2011 enquanto que o banco central alemão (Bundesbank) aumentou a estimativa de crescimento de 1.9 para 3%. Por cá, o índice nacional PSI20 terminou a semana com um ganho marginal, suportado pelo bom desempenho das acções da Galp (+6.95%) e da Cimpor (+5.82%). Contudo, o índice português acumula uma perda de 13% desde o início do ano.
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A Bolsa japonesa perdeu 0.8% na semana penalizada pela subida do Yen face ao USD (que atingiu o valor mais alto dos últimos 15 anos). Desde o início do ano, o índice nipónico – Nikkei – acumula uma perda de 13%. Em contra-ciclo com os mercados europeus e norte-americanos, a generalidade dos mercados asiáticos registaram valorizações positivas. A Bolsa de Xangai valorizou 1.4% e a de Bombaim +1.3%.