No lugar de sempre, em Algés, com um cartaz sempre exigente e abarcando vários géneros, o NOS Alive voltou a mostrar, em três dias, porque se tornou a grande referência dos festivais de verão em Portugal.
Desta vez, teve 165 mil espectadores nos três dias (em 2022, foram 210 mil entradas, em quatro dias).
Numa edição (a 15ª) praticamente esgotada – segundo Álvaro Covões, ficaram por vender apenas “300 a 400 bilhetes” para o último dia do festival –, “atuaram cerca de 110 artistas, em 123 espetáculos”. Foram estes os números apresentados pelo criador do festival, com a sua Everything Is New, na habitual conferência de imprensa de balanço da edição do NOS Alive.
Quem por lá passou, sentiu na pele os efeitos da greve dos revisores da CP (Comboios de Portugal), compensada, segundo a organização, por um reforço das carreiras de autocarros da Carris.
Em 2024, o festival volta a assentar arrais no Passeio Marítimo de Algés, “o espaço mais vocacionado, ou que acolheu mais concertos, na última década”, salientou Álvaro Covões. A 16.ª edição do NOS Alive irá acontecer de 11 a 13 julho, em Oeiras, numa área que a autarquia quer ver alargada até à Cruz Quebrada.
O município de Oeiras pretende que o terrapleno que recebe o festival “seja dedicado aos grandes eventos”, disse Isaltino Morais, recordando que, no início de agosto, o mesmo “também vai acolher o papa Francisco”, no âmbito da Jornada Mundial da Juventude.
A ampliação do Passeio Marítimo de Algés até à Cruz Quebrada, passando o recinto a ter “30 ou 40 hectares, com jardins e outros espaços verdes”, permitirá a realização de “festivais com maior descompressão” de espectadores e receber, por exemplo, provas desportivas.
As mudanças vão passar também pela construção de uma ponte pedonal “para facilitar os acessos”. Em dias de festival, a ligação entre Algés e o Passeio Marítimo é feita através de um túnel, que é encerrado em determinadas horas, obrigando o público a ter que fazer parte do IC-17 a pé de modo a chegar ao outro lado da linha de comboio.
Álvaro Covões preferiu não anunciar nenhum nome para a edição do NOS Alive em 2024. “Da última vez que o fiz [em 2019, anunciou os Da Weasel], estivemos dois anos à espera”, disse, com humor.