Naquele tempo, chegava-se ao Natal e a família Marques já sabia qual ia ser o presente dos manos Joana e Vasco: uma emissão inteira de televisão, com direito a novela mexicana ou venezuelana dobrada para português e tudo. Os programas eram apresentados ao vivo e a cores, claro. “Além da novela, fazíamos sketches humorísticos e anúncios; era na altura do ‘Tou xim? É p’ra mim!’”, lembra a argumentista. “E tínhamos ‘a cassete do Carlos Carvalhas’, um momento político só do meu irmão porque eu não percebia muito bem o que era aquilo.”
Joana conta isto a engolir uns petiscos a desoras, depois de uma manhã esticada até ao impossível. Entrevistá-la enquanto almoçava quase à hora do lanche estava a ser só mais uma das nossas maldades. Para as deliciosas fotografias destas páginas, já a havíamos enfiado numa saia e num vestido, roupas que nunca usa. Conseguiria ela responder-nos sem se distrair demasiado à mesa?
A dúvida era de alguém que ainda não conhecia pessoalmente a entrevistada. “A Joana é um minirradar”, iria dizer-nos Ana Galvão, que divide com ela e com Inês Lopes Gonçalves o programa As Três da Manhã, entre as 7h e as 10h, na Rádio Renascença. Não admira, por isso, que Joana dê logo pelo nosso momento “Aha!” ao ouvirmos falar das emissões de televisão dos manos Marques. Ainda estamos a dizer “Ah, agora perceb…” e já ela atalha: “Não prova nada porque há gente com profissões de jeito que fazia isso. Aliás, o meu irmão tem uma vida digna.”
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JOANA MARQUES E A SUA TRIBO FAZEM A CAPA DA REVISTA PRIMA Nº15. O ARTIGO COMPLETO NÃO ESTÁ DISPONÍVEL ONLINE. PROCURE A REVISTA NAS BANCAS OU COMPRE AQUI