A entrega de veículos aos consumidores é uma métrica utilizada para avaliar o desempenho dos fabricantes automóveis e, neste capítulo, a situação não está favorável para a Tesla. Pelo segundo trimestre consecutivo, a empresa de Musk registou um declínio no número de entregas, para as 443956 unidades, no segundo trimestre de 2025, menos 13,5% do que em igual período de 2024. Dos veículos entregues, 97,3% eram os populares Model 3 e Model Y.
Os principais analistas estimavam uma quebra de 10% neste segmento, pelo que a queda de 13,5% coloca a Tesla numa posição pior do que a esperada.
A concorrência de rivais como a Ford, General Motors e Rivian ou chineses como a BYD faz-se sentir nas vendas da Tesla. Por outro lado, os consumidores não perdoam a ligação próxima de Musk com Donald Trump, o seu papel no DOGE, o departamento que desencadeou uma série de cortes de fundos e despedimentos em várias organizações nos EUA, bem como a sua aproximação às ideias de extrema-direita, elenca o Gizmodo.
Apesar da quebra das entregas, a Tesla continuou a produzir mais veículos do que antes, nas 410244 unidades neste trimestre, praticamente o mesmo número que no trimestre anterior. Esta produção deixa antever que a Tesla esteja a preparar-se para o regresso da procura a breve prazo.
Por outro lado, Musk continua a estratégia de reposicionar a Tesla, reforçando que a marca está a desenvolver soluções de Inteligência Artificial, robótica e software, tentando eliminar a dependência da venda de veículos elétricos. Nos últimos tempos, a empresa apostou no lançamento de um serviço de táxis autónomos nos EUA, algo que foi recebido com um misto de reações.