O novo relatório do ICCT revela que os carros elétricos são mais amigos do ambiente, ‘desde o nascimento até à sepultura’, quando comparados com os congéneres de combustão interna. Os resultados são consistentes mesmo quando se analisa a performance de carros elétricos em países onde a maioria da eletricidade é proveniente de instalações a carvão.
O estudo teve em consideração todos os processos envolvidos no ciclo de vida de produção de um carro, desde a extração dos materiais à produção e ao desmantelamento do veículo. Os investigadores analisaram estes valores nas quatro regiões que totalizam 70% das vendas de novos carros em todo o mundo: EUA, Europa, China e Índia.
Na Europa, as emissões ao longo do ciclo de vida de um elétrico são, em média, 66 a 69% inferiores às de um carro a gasolina, do mesmo segmento. Na China e na Índia, a diferença é menor (37 a 45% e 19 a 34%, respetivamente), precisamente devido à poluição causada pelos processos de geração de eletricidade, noticia o Engadget. O estudo vaticina que estas diferenças devem aumentar em 2030 para 74 a 77% na Europa, 62 a 76% nos EUA, 48 a 64% na China e 30 a 56% na Índia. O tempo estimado de vida de um veículo é de 18 anos para este estudo.
“Um resultado importante da análise é que mostra que as emissões ao longo do ciclo de vida mostram tendências semelhantes nas quatro regiões, apesar das diferenças entre elas no que toca à mistura de veículos, da infraestrutura de eletricidade e outras”, disse Rachel Muncrief, do ICCT.
Estas conclusões podem provocar um revés nos argumentos utilizados na indústria automóvel nomeadamente pelo lóbi das petrolíferas que alega que os carros elétricos não são mais ‘limpos’ que os carros a combustível.