Ainda é, por vezes, apresentada como uma promessa da nova cena musical portuguesa, mas essa expressão já não faz jus a tudo aquilo que a cantora lisboeta alcançou desde 2019, quando se apresentou com o single Diágonas, no qual lançou as pistas para a sua música de espectro muito alargado, alicerçada na tradição, especialmente do fado, mas construída através da eletrónica e de uma voz única e fresca. A colaboração com Branko, no tema Sereia, apresentou-a a um público mais amplo, que a tem seguido ao vivo nalguns dos maiores festivais nacionais, como Paredes de Coura, Alive, Bons Sons e Festival F ou em salas como Maus Hábitos, Tivoli e Theatro Circo.
O primeiro EP em nome próprio, Caos’a, foi lançado no ano passado e é esse trabalho que serve de base aos dois concertos de abertura da edição do festival Misty Fest deste ano, na Casa da Música e no Museu do Oriente, onde assume um estatuto de cabeça de cartaz. “Cantar no Misty Fest vai ser muito especial por poder cantar em salas tão únicas quanto essas e também porque, de certa forma, representa o fecho do ciclo de apresentações do Caos’a”, disse à VISÃO. O festival, que este ano decorre até 6 de dezembro em dez cidades (Lisboa, Porto, Torres Novas, Loulé, Tavira, Espinho, Braga, Guarda, Figueira da Foz e Portalegre) conta com atuações de músicos como Joep Beving, Lisa Gerrard e Jules Maxwell, Edu Lobo e Mônica Salmaso, Roger Eno, Joana Serrat ou Tigran Hamasyan.
Rita Vian > Casa da Música > Av. da Boavista 604-610, Porto > T. 22 012 0220 > 5 nov, sáb 21h > €20 > Museu do Oriente > Av. de Brasília, Doca de Alcântara, Lisboa > T. 21 358 5200 > 6 nov, dom 21h > €15