Num local abandonado, um corpo explora o espaço. O pó que cobre o chão é o ponto de contacto entre este espaço e a pele, uma pele que embranquece, marcando o tempo, a duração desse encontro entre corpo e matéria. Dust, vídeo-performance de Sandrine Cordeiro, com sonoplastia de Fabrício Cordeiro, foi gravado durante a quarentena para o RHI-Stage.
Sandrine Cordeiro nasceu em Paris, em 1976. Estudou Artes Visuais e Teatro, na Escola Superior de Artes e Design de Caldas da Rainha, e História da Arte Contemporânea, na Universidade Nova de Lisboa. Desenvolve, desde 1994, trabalho em diversas formas de expressão artística, das artes visuais à escrita, representação, encenação, performance e cinema.
Fabrício Cordeiro é compositor e pianista. Nasceu em Paris, em 1979, estudou piano clássico durante a sua infância e, mais tarde, jazz e composição. Integrou vários grupos musicais e criou a banda de jazz Moustache, editando seu primeiro álbum Someone Else, em 2013. Editou o seu primeiro trabalho a solo, Nuvem, em 2016, um álbum de música ambiental e cinematográfica.
SOBRE O RHI-STAGE
Uma consequência desta era de confinamento forçado foi a profusão de “espetáculos” e da presença de artistas online. Agora esse movimento global está a organizar-se e tenta-se que seja mais justo. Foi a pensar nisso que Ana Ventura Miranda, fundadora do Arte Institute, em Nova Iorque, lançou a plataforma (e app) RHI-Stage. As iniciais referem-se a Revolution, Hope e Imagination – revolução, esperança e imaginação.
Cada utilizador pode pagar o que entender depois de assistir a espetáculos e a apresentações. O projeto (uma parceria com a VISÃO) alarga-se a várias artes. Ana resume-o assim: “É uma ferramenta que ajuda os artistas profissionais que estão neste momento a fazer espetáculos gratuitos em várias plataformas digitais e não têm forma de serem pagos. Não é um donativo, é um pagamento pelo trabalho dos artistas.”
Além de música, haverá também cinema, literatura e artes visuais. Mais informação em www.rhi-think.com.