
Um dos pontos altos do primeiro dia será o concerto de celebração dos 40 anos dos Bauhaus, durante o qual os antigos membros Peter Murphy e David J irão partilhar o palco
Jim Dyson
Foi 1965 o ano em que Vilar de Mouros recebeu aquele que ficaria na história como o primeiro festival de música em Portugal. Organizado por António Barge, um médico da terra, viria nos anos seguintes a alargar o espetro a estilos como o fado ou a música erudita, mas seria preciso esperar até 1971 para que o rock começasse finalmente a ouvir-se na pacata aldeia minhota. Assistiu-se então a algo nunca visto, com cerca de 30 mil pessoas, vindas de toda a Europa, para assistir a um dos primeiros festivais de rock a ter lugar no Velho Continente, como a imprensa internacional destacou na altura. Os dias de liberdade que então se viveram, ao som de Elton John e Manfred Mann, marcariam toda uma geração, influenciada pela cultura hippie. Ainda sob a batuta de António Barge, o Vilar de Mouros voltaria dez anos depois, trazendo até ao Minho nomes como U2, The Stranglers, Echo & the Bunnymen ou os novinhos GNR, mas também Duo Ouro Negro, Amália Rodrigues e Carlos Paredes. Regressaria entre 1996 e 2006, já sob moldes mais comerciais, e foi novamente ressuscitado em 2016, com uma filosofia que recupera o legado das primeiras edições, como novamente se comprova pelo ambicioso cartaz deste ano. Um dos pontos altos do primeiro dia, esta quinta, 23, – que contará também com a presença de PIL, Human League e Pretenders – é o concerto de celebração dos 40 anos dos Bauhaus, durante o qual os antigos membros Peter Murphy e David J irão partilhar o palco. O festival continua na sexta e no sábado, dias 24 e 25, com nomes tão diversos como Incubus, Editors, David Fonseca, GNR, James, dEUS, Los Lobos, Crystal Fighters, John Cale e Luís Severo, entre outros.
Vilar de Mouros > Vilar de Mouros, Caminha > 23-25 ago, qui-sáb 17h > €35 a €70 (passe)