
“Blusa Azul”, de Adriano Sousa Lopes
1. Do Tirar Polo Natural, Museu Nacional de Arte Antiga
“No tempo das selfies, não podia ser mais oportuna esta exposição que apresenta obras de uma centena de artistas, de Gregório Lopes a Vhils”, escreveu o Luís Ricardo Duarte sobre Do Tirar Polo Natural, no Museu Nacional de Arte Antiga. A exposição – que vai buscar o título de um diálogo sobre a pintura retratística de Francisco de Holanda – não pretende ser uma antologia dos melhores retratos, nem uma tentativa de retratar Portugal através dos seus rostos. Antes, pôr-nos a refletir sobre o que é um retrato, o que ele pode, de que impulso surge e quais os seus limites. Museu Nacional de Arte Antiga > Rua das Janelas Verdes, Lisboa > T. 21 391 2800 > Até 30 set, ter-dom 10h-18h > €6
2. Futuros de Lisboa, Torreão Poente
Através de imagens, vídeos, documentos, obras de arte e abordagens multidisciplinares, Futuros de Lisboa convida-nos a pensar e a imaginar a cidade. A exposição, dividida por 10 salas do Torreão Poente, na Praça do Comércio, cruza muitas datas: projeções do século XVI convivem com imagens futuristas deste milénio. E o que está para vir ainda é antecipado em entrevistas de rua: “Como imagina Lisboa daqui a 100 anos?”. Museu de Lisboa, Torreão Poente > Praça do Comércio, 1, Lisboa > T. 21 751 3200 > 13 jul-18 nov, ter-dom, 10h-18h > €3

“Sem Título, Sem Data”, de Ruy Leitão (1949-1976)
3. Pós-Pop. Fora do lugar-comum, Fundação Calouste Gulbenkian
Na Gulbenkian mostram-se mais de duas centenas de obras de artistas britânicos e portugueses, criadas entre 1965 e 75, a revelar uma incursão tardia pelo movimento da Pop Art. Pós-Pop. Fora do lugar-comum é também, ou ainda, uma oportunidade para ver a criatividade de artistas plásticos portugueses, numa época em que em Portugal tudo era cinzento. Uma última nota: à sexta-feira, o horário de visita à exposição estende-se até às 22 horas, e ao domingo, a partir das 14 horas, a entrada é livre. Museu Calouste Gulbenkian > Av. de Berna, 45A, Lisboa > T. 21 782 3000 > 20 abr-10 set, qua-seg 10h-18h > €5
4. Na Ponta dos Dedos, Padrão dos Descobrimentos
Entre junho e dezembro de 2016, O Padrão dos Descobrimentos esteve em obras de restauro. Luís Pavão, fotógrafo, acompanhou as várias fases e são essas imagens que se mostram agora em Na Ponta dos Dedos, a revelar pormenores e todo o virtuosismo do escultor Leopoldo de Almeida. Como escreveu a Sara Belo Luís, a sensação com que se fica é que pouco ou nada sabíamos sobre o monumento. Padrão dos Descobrimentos > Av. Brasília, Lisboa > T. 21 303 1950 > 7 jul-30 set > seg-dom 10h-19h > €5, descontos para jovens e maiores de 65 anos
“Sectional Body preparing for Monadic Singularity”, de Anish Kapoor. O artista esteve no Porto para a inauguração da sua exposição em Serralves
Lucília Monteiro
5. Anish Kapoor: Obras, Pensamentos, Experiências, Museu de Serralves
Trata-se da primeira exposição em Portugal do escultor indiano-britânico, reconhecido pelas obras monumentais. Muitas das peças apresentadas na imperdível Anish Kapoor: Obras, Pensamentos, Experiências são recentes, e estão espalhadas pelos 18 hectares do Parque de Serralves, que se descobrem em passeio. Museu de Serralves > R. Dom João de Castro, 210, Porto > T. 22 6156 500 > 6 jul-6 jan > €5 a €10
6. Frida Kahlo – As suas fotografias, Centro Português de Fotografia
Lisboa viu-a em finais de 2011, no Pavilhão Preto do Museu da Cidade, agora é a vez de o Centro Português de Fotografia, no Porto, receber a exposição itinerante Frida Kahlo – As Suas Fotografias. Uma ambiciosa panorâmica biográfica da pintora mexicana, como se lê aqui, através de fotografias na intimidade, mas também de testemunhos visuais do marido, Diego Rivera, e dos cúmplices que os rodeavam. Centro Português de Fotografia > Largo Amor de Perdição, Porto > T. 22 004 6300 > Até 4 nov, seg-dom 10h-19h > €8, €6 (<25 anos), €22 (bilhete família)
7. Germinal – Núcleo Pedro Cabrita Reis, no MAAT
Depois do Porto, a coleção de arte adquirida por Pedro Cabrita Reis, que o artista vendeu depois à Fundação EDP em 2015, mostra-se agora no MAAT – Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, em Lisboa. A exposição, curada por Pedro Gadanho e Ana Anacleto, é dominada pela chamada geração de 90 – casos de Carlos Bunga, Francisco Tropa, Joana Vasconcelos, João Louro, Vasco Araújo, entre muitos outros artistas portugueses. No pontão junto ao pólo museológico, em Belém, está uma peça escultórica de Cabrita Reis – um totem de luz e alumínio batizado como Central Tejo, encomenda da Fundação EDP e que por ali ficará, mesmo depois do encerramento da exposição. MAAT > Av. Brasília, Central Tejo, Lisboa > T. 210 0281 30 > até 31 dez, qua-seg 11h-19h > €5
“Central Tejo”, de Pedro Cabrita Reis
Gonçalo Rosa da Silva