Tudo começou há pouco mais de um ano, quando o Teatro Municipal São Luiz, em Lisboa, desafiou Capicua a criar um espetáculo para crianças. A rapper pediu, então, ajuda a Pedro Geraldes, guitarrista dos Linda Martini e, em conjunto, criaram esta Mão Verde, entretanto também transformada num livro-disco que é uma espécie de manifesto ecológico social para os mais novos – mas também de audição obrigatória para os adultos. A alimentação, a agricultura, os bichos e as plantas são os protagonistas das letras criadas por Capicua que, embaladas pelas suaves criações musicais de Pedro Geraldes, vão demonstrando, ao longo de 12 temas, a importância de questões como a ecologia ou a tolerância. Porque, sabemos já, um disco para crianças não tem de ser infantil, muito pelo contrário.
Através das mais variadas lengalengas, rimas e jogos de palavras, Capicua fala de assuntos muito sérios e importantes, transversais a todos quantos habitam o planeta Terra – até à data pouco presentes na sua música, apesar da clara agenda política e social dos discos da rapper portuense. O próprio título, Mão Verde, também não é inocente, uma vez que é inspirado pela expressão francesa avoir la main verte, que “significa ter jeito para as plantas e talento para a jardinagem”, tal como Capicua, ela própria orgulhosa proprietária de uma pequena horta.
Musicalmente, as composições de Pedro Geraldes vagueiam pelos mais diversos estilos musicais, sempre de uma forma bem-humorada, que cativa logo à primeira audição. Seja em disco ou ao vivo, como aconteceu então no palco do Teatro São Luiz, na primeira apresentação desta Mão Verde. Agora, as músicas saem finalmente para a estrada, para espalhar a mensagem um pouco por todo o País.
Mão Verde > Theatro Circo > Av. da Liberdade, 697, Braga > T. 253 203 800 > 7 jan, sáb 16h30 > €10