Esta série, falada em espanhol, francês e árabe, vem mesmo a calhar, numa altura em que o mundo quase esqueceu os estragos provocados pelo terrorismo islâmico. Pela primeira vez, passámos ao de leve pelo 11 de março, o maior ataque terrorista sofrido aqui ao lado, em Madrid, e não o recordámos como tínhamos obrigação de o fazer. Pois bem, A Unidade começa por envergonhar-nos por essa falta de atenção, ao lembrar o que se passou em 2004 e as 193 pessoas que morreram naquele dia, nas imediações da estação de Atocha. De seguida, continua a explicar, sempre por escrito, que o nome da série remete para uma célula da polícia que investiga o terrorismo em território espanhol.
Numa megaoperação, que se desenrola entre Madrid, Toulouse, Melilla e Tânger, sob a batuta da comissária Carla Torres, estes superagentes acabam por capturar o terrorista mais procurado do mundo. Durante essa captura não falta o típico aparato policial das séries do género, com muito suspense e ação, recorrendo a sirenes, tiros, fumo, rusgas, helicópteros e operacionais infiltrados.
Apesar de parecer, a história está longe de acabar na celebração que a equipa faz quando todos estão de volta à esquadra, em Madrid, com comida e bebida à mistura. Sem querer abusar do spoiler, até pode dizer-se que, na verdade, a história ainda está por começar – é para isso que existem seis episódios semanais.
Entretanto as vivências pessoais dos agentes mais importantes da brigada, que têm de agir com a máxima discrição, até junto das suas famílias, vão intrometer-se nas investigações secretas a que se dedicam. O maior drama pessoal é o recentíssimo divórcio de Carla (a superchefe) e Marcos (chefe da Unidade), e o sofrimento da filha, Lua, pois ambos têm de continuar a trabalhar juntos, apesar de ele ter saído de casa, de comum acordo, mas com algum drama a rondar a situação.
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A Unidade > Estreia 22 mar, seg 22h50 > AXN