O 47.º Presidente dos Estados Unidos falou esta tarde sobre a colisão entre um avião da companhia American Airlines – que transportava 64 passageiros e quatro tripulantes a bordo – e um helicóptero militar, perto de Washington. Em declarações aos jornalistas, Donald Trump admitiu que este acidente “podia ter sido evitado” e foi o resultado de uma “confluência de más decisões que foram tomadas”.
O líder norte-americano disse ter ouvido gravações do incidente e garante que o avião da American Airlines estava a “fazer tudo bem”, mas que “por alguma razão” o helicóptero estava à mesma altura. “[O helicóptero] tinha a capacidade de subir ou descer, tinha a capacidade de virar. E a viragem que fez não foi a correta, obviamente, e fez um pouco o contrário do que lhe foi dito”, sublinhou.
Trump diz ainda ter algumas “opiniões e ideias muito fortes” sobre o que conduziu ao acidente entre os aparelhos, embora reconheça que a investigação ainda está a dar os primeiros passos. “Vamos descobrir como é que esta catástrofe ocorreu e vamos garantir que nada disto volta a acontecer”, disse acrescentando que a Administração Federal da Aviação (FAA), o Conselho Nacional de Segurança dos Transportes (NTSB) e as forças armadas dos EUA vão levar a cabo uma “investigação exaustiva”.
O magnata, de 78 anos, aproveitou ainda a ocasião para atacar os adversários políticos, nomeadamente Barack Obama, por ter, alegadamente, contratado funcionários “medíocres” para as funções de controlo do tráfego aéreo. Posições que, nas suas palavras exigem “inteligência superior”.
Trump lamentou também as mortes das pessoas que seguiam a bordo das aeronaves, confirmando que “não há sobreviventes”. “Esta foi uma noite negra e dolorosa no nosso país e na História da nossa nação, e uma tragédia de proporções terríveis”, referiu.
Após a intervenção de Donald Trump, também Sean Duffy, secretário de Transportes dos Estados Unidos, falou sobre o acidente, reforçando a ideia de que “quando se trata de segurança, só podemos aceitar os melhores e os mais brilhantes”. “Diria apenas que todos os que voam nos céus americanos esperam que voemos em segurança. Que quando um avião sai de um aeroporto, chega ao seu destino. Sei que o Presidente Trump, a sua administração, as agências federais não descansarão enquanto não tivermos respostas para as famílias e para o público que voa. Todos devem ter a certeza de que quando voam, estão seguros”, disse o secretário de Transportes.
O acidente ocorreu por volta das 21:00 de quarta-feira, no horário local (02:00 de hoje em Lisboa) e ainda não são ainda conhecidas as causas da colisão. As autoridades norte-americanas estão agora à procura de sobreviventes, tendo sido já encontrados 28 corpos, dos quais 27 de passageiros do avião da American Eagle e um do helicóptero militar.