1. Sala de Prova

Não haverá muitos wine bars com a vista desafogada para o casario da Baixa e da Torre dos Clérigos como esta que se alcança do quarto piso da Torre do Time Out Market (21 metros de altura), construída por Eduardo Souto de Moura. Aberta no início de maio, a Sala de Prova é o que o nome indica e muito mais. Com 130 referências de vinhos do Porto, Douro e Verdes (a copo, a partir €5), selecionadas pelo enólogo Bento Amaral, o projeto de Carlos Santos quer “mostrar o que de melhor se faz no Norte do País”, como, por exemplo, um Barca Velha (2011) que pode ser provado por €350 o copo. Mas não é tudo. “A ideia é que o cliente escolha um vinho e depois a comida”, sublinha Luís Américo, o chefe de cozinha responsável pela carta, que tanto pode incluir ostras, croquetes de alheira, tábuas de queijos e enchidos como pratos “mais robustos”, nomeadamente bacalhau no forno com puré de grão ou rosbife de pato. Os mais entusiastas podem optar por provas de vinho com sommeliers (a partir de €25) sobre, entre outras temáticas, Vinho do Porto, Castas ou Icónicos do Douro. Time Out Market Porto, Ala Sul Estação de São Bento, Pç. Almeida Garrett, Loja 14 > T. 93 704 0106 > seg-dom 10h-24h
2. Tão Perto, Tão Longe
Vinho da torneira diz-lhe alguma coisa? Em Vila Nova de Gaia abriu aquele que deverá ser o primeiro bar em Portugal com vinhos de baixa intervenção a sair de seis torneiras, ligadas a barris/kegs. Com uma primeira loja no Brasil, no bairro de Barra Funda, em São Paulo, o Tão Perto, Tão Longe foi trazido para a Rua General Torres, para uma loja com uma bela vista para o rio Douro, pelo argentino Ariel Kogan e pelo casal de brasileiros (familiares de Ariel) Carlos e Ana Carolina Chaves. Os seis vinhos (tintos, rosés, brancos e orange) são todos de produtores portugueses: Textura Wines (Dão), Pormenor (Douro), APRT3 Wine Creators (várias regiões), Quinta do Javali (Douro), Tubarão (Verdes), a maioria de pequenos lotes. “A sustentabilidade é a filosofia deste projeto”, reforça Ariel Kogan sobre a opção das torneiras que reduz o descarte de embalagens, do jarro que vai à mesa (a partir de €3,50) e das garrafas growlers que podem ser compradas e enchidas sempre que o cliente quiser. Para acompanhar, provem-se queijos Serra da Estrela (Ponte dos Cavaleiros) e enchidos alentejanos (da Absoluto), também eles artesanais e de pequenos produtores. R. General Torres, 367, Vila Nova de Gaia > T. 91 412 4948 > qua-sex 17h-23h, sáb-dom 15h-23h
3. Junior

Pode ter pouco mais de 40 metros quadrados, mas este wine bar, no Mercado de Matosinhos, é um convite a uma viagem num copo. Aberto há menos de um ano por Tiago Dias da Silva e Margarita Tsvirko, ambos com larga experiência no setor dos vinhos, o Junior começou por surgir da necessidade de um espaço físico que desse a provar o portefólio da Altesse, importadora de vinhos de baixa intervenção de produtores internacionais de vários lugares (nenhuma portuguesa), como Borgonha (França), Rioja (Espanha), Toscana e Sicília (Itália), Baden (Alemanha), Áustria ou Nova Zelândia. São cerca de uma centena de vinhos a copo (a partir €6) ou à garrafa (a partir €21) com a particularidade de serem acompanhados por queijos (30 a 40 variedades), também de pequenos produtores de Inglaterra, Holanda, Itália e Espanha. “A filosofia tinha de ser a mesma dos vinhos”, aponta Tiago Silva, de 53 anos, gestor e diretor-geral da Quinta Maria Izabel, em Folgosa. A carta inclui outras sugestões, nomeadamente ostras, foie gras, cassoulet, bem como pratos-surpresa, que variam a cada dia, como peito de pato com batata, tortilha com ervas ou, de quando em vez, a sopa borsch (beterraba com legumes e carne), típica do país de origem de Margarita. É o mundo à mesa. R. Álvaro Castelões, 12, Matosinhos > T. 92 538 1687 > qua-sáb 12h-15h, 19h-22h
4. Garrafeira Nacional

Com um historial que remonta a 1927 e três lojas abertas em Lisboa, a marca chegou ao Porto nos últimos dias de abril, a um prédio do século XIV com paredes em pedra e em plena Rua das Flores. Tal como na capital, aqui o forte é a venda de bebidas – mais de três mil referências de todas as regiões do País e várias internacionais –, mas o que chama a atenção são os quatro dispensadores de vinho à entrada, onde o cliente pode beber a copo (25 ou 50 ml) algumas das colheitas muito antigas, como um raríssimo Porto Ferreira de 1840 (€95 a €185). “A ideia é que o cliente possa provar vinhos diferentes”, sublinha Nidia Costa, responsável pela loja que conta com dois dispensadores dedicados a vinhos fortificados (do Porto, Madeira e Moscatel) e outros dois a vinhos tranquilos (a partir de €5). Quem queira aprofundar o conhecimento do vinho do Porto pode frequentar master classes (€15 a €65) na mezzanine. R. das Flores, 60, Porto > T. 21 885 2395 > seg-dom 10h-21h
5. Rebel Port Club

Depois do sucesso do verão passado, este bar pop-up, que nasceu para incentivar o consumo de vinho do Porto, está de volta, até outubro, no interior da pequena capela no jardim da concept store LOT (Labels of Tomorrow). O objetivo continua a ser o mesmo: “Respeitar o passado e trazer o vinho do Porto para o século XXI”, diz Charlotte Symington, responsável de marketing da Symington, empresa produtora de vinho do Porto e das marcas Graham’s e Cockburn’s. A carta do Rebel Port Club não é grande, mas inclui oito a dez cocktails à base do vinho fortificado (a partir €6,50), com ervas aromáticas e frutos, como jasmim, hortelã, tomilho, limão, toranja ou framboesa, num apelo “à nova geração para o consumo do vinho do Porto”. A par da bebida, a agenda é preenchida com música de DJ e noites de drag bingo. R. José Falcão, 144, Porto > qua-sex 12h-20h, sáb 12h-20h, dom 12h-19h