1. Rua do Almada, Porto
Natural do Porto, a ilustradora prefere passear na cidade sem roteiro definido. “Gosto de andar um bocadinho à deriva, de me perder, ver os edifícios em ruínas – agora há cada vez menos, felizmente –, as lojas vazias e as personagens que habitam os lugares.” Apontada como preferida, a Rua do Almada é “sempre especial”, por encontrar nas suas montras “coleções peculiares de objetos de ar inspirador”.
2. Parque de São Roque, Porto
Com o bom tempo, Mariana Rio aproveita o final da tarde para ir ao Parque de São Roque “caminhar e respirar um ar mais puro, sem sair da cidade”. O passeio termina quase sempre na Casa São Roque, para espreitar os livros e tomar café.
3. Chaminé da Mota, Porto
É habitual passar umas horas neste alfarrabista na Rua das Flores, no centro histórico do Porto, a percorrer as inúmeras estantes, a folhear livros de diversas épocas e, às vezes, a deixar-se levar apenas “pela vontade de descobrir uma novidade antiga”, enquanto investiga sobre questões gráficas e da própria literatura. “Fico grata por usufruir deste sítio, onde se sente a passagem do tempo e as memórias.”
4. Livro O Mestre, de Ana Hatherly
Mariana Rio descobriu recentemente este livro editado na década de 1960, e que é uma das primeiras obras da poetisa e artista Ana Hatherly (1929-2015), através de uma edição fac-similada da primeira edição, da Arcádia. “Já conhecia a autora, mas este livro tem uma personagem feminina marcante, que me fez sublinhar e marcar diversas passagens”, conta.
5. Objeto: Caderno Nuvem, da Emílio Braga
“Nunca saio de casa sem o caderno de bolso preto, com lombada e cantos em tecido, onde desenho e escrevo registos e pensamentos”, diz Mariana. Assim aconteceu na sua última viagem aos Açores, onde visitou as plantações de chá Gorreana que serviram de inspiração para um livro a publicar em breve.
6. Filme Eternal Sunshine of the Spotless Mind, de Michel Gondry
Com um argumento “genial” de Charlie Kaufman, e realizado por Michel Gondry, o filme figura entre os melhores que já viu. “É uma história muito bonita, sobre a memória, um tema complexo do qual gosto muito, associado às relações interpessoais, nomeadamente ao amor.”