O retrato de Almada Negreiros, feito pelo ilustrador Hugo Makarov, é uma homenagem ao artista e ocupa, por agora, uma das paredes do Ironic Lisbon Bar, aberto em agosto do ano passado no castiço Largo de Santo Antoninho, em Alfama. “A alegria é a coisa mais séria da vida”, pode ler-se na parede transformada em galeria por onde hão de passar outros artistas convidados. E a frase leva-nos a fazer uma pequena paragem antes de chegar ao balcão para pedir um dos cocktails da casa. “Não temos uma lista de bebidas definida, a ideia é improvisar e preparar o que o cliente quiser beber”, explica Rui Guerreiro, designer e dono da marca de artigos têxteis Ironic Lisbon, que ali se junta ao amigo de longa data, Micas, responsável por alguns bares de êxito na noite lisboeta.
“A Ironic Lisbon é uma marca micro e super cool, mas que já tem viajado pelo mundo, nomeadamente por Inglaterra, França Cazaquistão e Lituânia, a convite de diversas universidades”, diz Rui Guerreiro. Vendidas online, as t-shirts e os sacos, com citações provocadoras – Beauty is a sign of intelligence, de Andy Warhol, e Not everyone is an artist but everyone is a fucking critic, de Marcel Duchamp, só para dar dois exemplos – têm agora um cantinho neste bar.
Aberto a partir das quatro da tarde, o Ironic Lisbon Bar tem algumas mesas no interior e também uma esplanada que convida a estar. As bebidas podem acompanhar-se com petiscos da casa, preparados pela cozinheira angolana Zola, que mistura diferentes sabores e influências. Depois, é deixar-se embalar pelos ritmos maioritariamente de jazz que se fazem ouvir e aproveitar, caso tenha escolhido a esplanada, o bonito largo.
Na ementa do Ironic Lisbon Bar, há queijo fresco com beterraba, gambas picantes, falafel com molho de coco, búzios com banana pão, entre outras iguarias (os preços variam entre €5 e €8), confecionadas pela cozinheira angolana Zola para acompanhar as bebidas improvisadas da casa.
Ironic Lisbon Bar > R. dos Cordoeiros, 2-4, Lisboa > T. 2l 347 0405 > ter-sáb 16h-2h