Merecem admiração os editores que cumpriram esta missão: por entre as mais de 13 mil crónicas de Miguel Esteves Cardoso, fizeram um best of com uma centena de prosas…
Arrumar dentro d’As 100 Melhores Crónicas (Bertrand, 364 págs., €18,80) apenas as que foram publicadas em livro, isto é nos nove volumes editados entre 1986 e 2019, desde A Causa das Coisas até No Passado e no Futuro Estamos Todos Mortos, terá ajudado à maratona.
Este escriba prodigioso, a quem eles chamam “o primeiro influenciador do País”, falou de tudo: vícios e virtudes, os mecânicos e as feministas, os pleonasmos e os pasmos, os amigos e os amores e, como escreveu em 2008, das coisas que realmente o preocupavam, a ele e ao neto então nascido, António: “Comer, dormir e estar o mais tempo possível perto da mulher amada.”
