Joana Ramos-Pinto assume-se uma colecionadora. No seu regresso ao Porto, a designer gráfica precisava de um sítio inspirador para expor objetos, com design original e formas orgânicas, de lugares onde já viveu. “Queria trazer para cá tudo o que vi em lojas e museus”, explica. Foram mais de 20 anos a viver lá fora, em cidades como Londres, Barcelona e Berlim. Criou uma revista e viu a sua coleção de postais, coloridos e inspirados na estética dos anos 80, à venda no MoMA, em Nova Iorque.
No Quarteirão de Bombarda, Joana encontrou esse lugar. Na montra rasgada de alto a baixo, uma instalação de flores secas dá as boas-vindas a quem chega a esta loja, aberta em dezembro. Numa mesa comprida, rodeada de bancos de madeira, mostram-se as louças coloridas, feitas à mão, da Casa Cubista (de Olhão), os individuais impressos manualmente na Índia e as cerâmicas The Wild Things_Studio, de Sophie du Quervain.
Nas paredes em bruto, de um lado, ficam as almofadas bordadas e as mantas, do outro, a sua coleção de sacos (€35) e aventais de linho lavado, em várias cores, com dois bolsos à frente e cruzado atrás (€55). A esta, Joana juntou outra coleção de panos de cozinha (€12,50) e avental de bar (€16,50), mais gráfica, com desenho de bichos e de edição limitada.
Da Companhia das Culturas, em Castro Marim, chegam o sabão, o creme e o champô, feitos com óleos essenciais biológicos. Há ainda serigrafias divertidas de Carole Hénaff; obras gráficas de Patrick Thomas, artista inglês com ilustrações publicadas no New York Times; camisas, lisas e com padrões, t-shirts e camisolas de inspiração marítima, da marca portuguesa La Paz.
É já depois do balcão, onde há café de especialidade, bolos caseiros e vinho da Wines on the road, que chegamos ao pátio. À sombra da camélia, junto ao recanto dos namorados, cheira a hortelã e alecrim, e que bem sabe ficar por ali, a beber uma água aromatizada.
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