1. O Javali, Bragança
Há 20 anos, desde que Alberto Gonçalves e a mulher (e cozinheira) Maria do Carmo abriram este restaurante em Bragança, que os pratos de caça são o cartão de visita durante todo o ano. Neste outono, a novidade é o coelho bravo estufado (€25), mas quem aprecie esta cozinha encontrará n’O Javali um vasto menu: caldo de perdiz (€6), empadas de perdiz e de javali (€7, cada), arrozes de javali ou de lebre (€20 a €23) e javali estufado com castanhas, o prato estrela da casa. Embora as receitas tenham ainda a mão de Maria do Carmo, é agora o filho, Flávio Gonçalves, a dar continuidade a um dos melhores restaurantes transmontanos. Ainda bem! Estrada do Portelo, Km 5, Bragança > T. 253 333 898 > seg, qui-dom 12h30-15h30, 19h-23h, qua 19h-23h
2. Oficina, Porto
Cada estação do ano comanda a cozinha do chefe Marco Gomes e, neste outono, é certo e sabido que o cliente encontrará pratos de caça na carta deste restaurante na Rua Miguel Bombarda. Todos os dias terá, no mínimo, duas sugestões: para entrada, a perdiz de escabeche (€14) e, sempre ao almoço, poderá saborear-se o javali estufado no pote (€15). Quem desejar continuar nos ingredientes da época, deleite-se com o arroz de míscaros com carne de porco bísaro (disponível ao almoço), aproveitando a época dos cogumelos que o próprio chefe de cozinha faz questão de apanhar todas as semanas na serra de Bornes, em Alfândega da Fé. Tudo fresquíssimo! R. Miguel Bombarda, 273, Porto > T. 93 671 2384 > seg 19h30-23h, ter-qui 12h30-15h, 19h30-23h, sex-sáb 12h30-15h, 19h30-24h
3. Líder, Porto
Não há outono/inverno em que Manuel Moura não tenha caça na carta de cozinha tradicional portuguesa do restaurante que abriu, na zona das Antas, vai para mais de 30 anos. A maioria dos animais vem de Trás-os-Montes, região onde o proprietário amarantino gosta de ir, ao encontro dos melhores produtos. Na carta, até janeiro, haverá perdiz estufada com castanhas (€29,50), javali guisado com feijão-manteiga branco (€27,50) e pá de veado no forno com maçã assada (€32,50). Tudo, já se sabe, servido com a delicadeza e o atendimento caloroso do Sr. Moura. Alameda Eça de Queirós, 120-130, Porto > T. 22 502 0089 / 91 987 3191 > seg-sáb 12h-15h30, 19h-22h30, dom 12h-15h30
4. Almeja, Porto
Desde que abriu, em 2018, que o chefe João Cura procura ter sempre na sua carta sazonal “pelo menos um prato de caça”. O pombo tem sido a ave que consegue adquirir com maior frequência pelo que, até fevereiro, ele é servido acompanhado com cuscos, amêndoa e especiarias (€29). Nas próximas semanas, poderá vir a ter javali ou lebre (ainda é incerto que consiga estes animais de caça) para juntar às outras propostas da renovada carta de outono. As novidades são de babar: arroz de lavagante azul; feijocas com cogumelos, couve-flor e ervas; abóbora e a beringela (dois pratos vegetarianos); cheesecake de trufa com aguardente velha e rabanada com ameixa e cardamomo (nas sobremesas). R. Fernandes Tomás, 819, Porto > T. 22 203 8120 > ter-sáb 12h30-14h30, 19h30-22h30
5. Barão Fladgate, Vila Nova de Gaia
Na nova carta de inverno acabada de entrar no restaurante das caves Taylor’s, o chefe Tiago Ramos conta com um magret de pato braseado servido com pak choi, puré de maçã de Alcobaça, laranja do Algarve e legumes da estação, como a ervilha de quebrar e o nabo em duas texturas (€27). Entre as propostas com raízes na cozinha portuguesa está ainda a alheira de caça oriunda da região de Trás-os-Montes, acompanhada de cantarelos, ovo a baixa temperatura e novelo de batata (€14). Um cálice de vinho do Porto também saberá bem. R. de Choupelo, 250, Vila Nova de Gaia > T. 93 211 0694 > seg-dom 12h30-15h30, 19h-22h
6. Casa de São Lourenço, Manteigas
Com uma belíssima vista sobre o Vale Glaciar do Zêzere, o restaurante São Lourenço, na Casa de São Lourenço, em Manteigas, conta com três novos pratos de caça preparados pelo chefe Manuel Figueira: arroz caldoso de costelas de javali, ensopado de javali e arroz de lebre com míscaros. Tudo desta época outonal e das região das Beiras, para degustar sob um céu de estrelas feitas em burel que decoram o teto deste restaurante onde, nesta altura do ano, a lareira está sempre acesa. Estrada Nacional 232, Km 49,3, Campo Romão, Manteigas > T. 275 249 730; 96 828 5937 > seg-dom 13h-15h, 20h-22h
7. Pica-Pau, Lisboa
No restaurante Pica-Pau, de Luís Gaspar, é tempo de saborer pratos de caça. As carnes de javali, veado, coelho bravo e perdiz são as grandes protagonistas da ementa, que estará disponível até 25 de novembro. “Como em tudo no menu do Pica-Pau, o ponto de partida é o respeito e a valorização do receituário tradicional”, diz o chefe de cozinha. Por este motivo, “os pratos de caça têm por base a sazonalidade dos produtos, na forma mais simples de cozinhar e de respeitar a tradição da caça em Portugal.”
Para iniciar, nas entradas, sugere-se croquetes de javali (€8) e pica-pau de veado (€22). A refeição pode continuar pelo coelho bravo à caçador (€18) ou arroz de perdiz (€22), nos pratos principais. R. da Escola Politécnica, 27, Lisboa > T. 21 269 8509 > seg-qui 12h-16h, 19h-24h, sex-sáb 12h-1h, dom e fer 12h-24h
8. Taberna Albricoque, Lisboa
Há que esperar uns dias, mas fique o leitor a saber que a partir do dia 21, o chefe Bertílio Gomes recebe as primeiras perdizes e coelhos, que incluirá na ementa da Taberna Albricoque, em Santa Apolónia. Para estas duas peças, pensou em receitas distintas. Com as perdizes, fará um estufado com castanhas e cogumelos, dois ingredientes desta época, mas também servirá em escabeche, empada e num aveludado de perdiz, um prato clássico em que o caldo é enriquecido cm farinha e manteiga. Já o coelho chegará à mesa em três versões: frito, feijoada e ainda acompanhado com couve. Estas sugestões estão disponíveis até ao final de janeiro. R. Caminhos de Ferro, 98, Lisboa > T. 96 349 1581 > ter 15h-23h, qua-sáb 12h-23h, dom 12h-18h
9. Rocco, Lisboa
No piso térreo do hotel The Ivens, no Chiado, o restaurante Rocco aposta também em sugestões de caça que aqui se apresentam em pratos assentes na cozinha italiana, como é o caso do Ninho de Faisão (€32), uma entrada crocante de alho-francês, cebola caramelizada, maçã Granny Smith e pinhões. Já nos pratos principais, os comensais podem escolher entre um risotto de perdiz (€35), perfumado com Grappa envelhecida, ou lombo de javali alla Griglia (€38), com chalotas, cogumelos selvagens e castanhas. Para saborear numa das mesas do Ristorante (zona inferior) ou na nova Terrazza, que acaba de abrir ao público. R. Ivens, 14, Lisboa > T. 21 054 3168 > seg-qua, dom 12h30–16h, 19h30-24h, qui-sáb até 1h
10. Zé Varunca, Paço de Arcos
Nesta altura do ano, no restaurante Zé Varunca, servem-se pratos de caça com dias fixos na ementa. Aos sábados é dia de guisadinho de javali (€19), feito em lume brando com vinho tinto e cenoura, e todas as quintas, há canja de pombo bravo (€9), preparada com linguiça, salsa, sal, cebola, alho e toucinho. A receita é especial, explica João Sousa, proprietário desta casa alentejana: “Após a cozedura, tiram-se todos os ingredientes do caldo e reservam-se. Em seguida, deixa-se levantar fervura, retificam-se os temperos e junta-se o arroz. Quando o arroz estiver quase cozido, envolve-se o pombo desfiado e acrescenta-se a linguiça às rodelas e o toucinho em pedaços.” A estas duas sugestões, juntam-se, por encomenda, o coelho frito (€16,50), o arroz de lebre (€18), a lebre com feijão e repolho (€18) e o folhado de perdiz (€25). Av. Eng. Bonneville Franco, 22, Paço de Arcos > T. 21 441 1839 > seg-sáb 12h-15h, 19h30-22h30
11. Cimas, Monte Estoril
Há mais de cinco décadas que se serve galinhola no restaurante Cimas, uma referência na Linha do Estoril. É marinada com aguardente velha e as tripas e o fígado são picados para fazer o molho espesso e rico com que é acompanhada. À mesa chega inteira, com bico e tudo. “É um prato pedido, acima de tudo, por apreciadores”, diz José Manuel Cima Sobral , 83 anos, proprietário deste restaurante aberto em 1952.
“Caçar galinhola é um tiro difícil mesmo para os caçadores mais treinados, porque tem um voo irregular e aos ziguezagues”, explica o proprietário, acrescentando que estas vêm da zona do Ribatejo. O cliente pode optar pelo prato já finalizado na cozinha (€48/dose) ou, por encomenda (€58, feita na sala), assistir à sua confeção. A esta peça, juntam-se a perdiz ao Madeira (€38) ou em escabeche (€38); a lebre com feijão-manteiga (€48) e ainda a favada (€48) que junta a perdiz e a lebre às favinhas. Av. de Saboia, 9, Monte Estoril > T. 21 468 1254 / 21 468 0413 > seg-sáb 12h30-16h, 19h30-24h
12. São Lourenço do Barrocal, Reguengos de Monsaraz
É com perdizes caçadas na região de Reguengos de Monsaraz, preparadas segundo uma receita da avó de José António Uva, proprietário do São Lourenço do Barrocal, que é servida uma das sugestões mais pedidas nesta época do ano: a perdiz de escabeche (€16,50). Disponível ao jantar, no restaurante desta herdade agrícola, que funciona como hotel, o prato é confecionado com vegetais da horta biológica, como a cenoura e a cebola, por exemplo, que depois são envolvidos no preparado avinagrado do escabeche, acompanhado com batata frita às rodelas fininhas. EN514, Reguengos de Monsaraz > T. 266 247 140 > seg-dom 12h30-16h, 19h30-22h30
13. Tombalobos, Portalegre
Da perdiz à lebre, do veado ao javali, haverá muitos pratos de caça para saborear no Tombalobos, o conhecido restaurante de José Júlio Vintém, em Portalegre. Na ementa, até fevereiro, o chefe de cozinha vai servir diferentes pitéus, alguns com originalidade, como é o caso do arroz de perdiz com ostras (€23,50), à qual se junta a perdiz de escabeche (€17,50). Já a lebre chegará à mesa preparada em três receitas: empada (€19), arroz e com fejião branco (€19). A estas sugestões, junta-se ainda a fraca com laranja (€25/duas pessoas), o veado à alhinho (€22) e o javali confecionado no pote com castanhas (€19). R. 19 de Junho, 2, Portalegre > T. 245 906 111 > qua-sáb 12h-15h, 19h-22, dom 12h-15h