1. Cozinha das Flores
É o restaurante que marcou a estreia, em fevereiro, de Nuno Mendes no Porto. Radicado em Londres há 20 anos, onde mantém o Lisboeta, o chefe de cozinha serve uma carta de inspiração nortenha e “divertida”, na qual têm brilhado o pastel de nata de nabos com caviar, o pão de ló com camarão da costa e balchão, a lula gigante dos Açores com feijoada de sames (€16), o tártaro de vaca maturada com caldo-verde e chouriço, e a presa de porco com couve-portuguesa, alheira molhada e caldo de cozido (€28).
O leite em várias texturas, influência da quinta do avô no Alentejo, conquista à sobremesa. A entrada faz-se pelo bar Flôr, onde se servem cocktails da mixologista Tatiana Cardoso. O Cozinha das Flores é parte integrante do hotel de cinco estrelas The Largo, a abrir em breve. Lg. de São Domingos, 62 > T. 22 976 0001 > seg-dom 12h-1h
2. Farro
Da padaria de fermentação lenta de João Figueira da Silva nasceu, em fevereiro, um restaurante com influências da Madeira, Alentejo e Brasil. O pão está sempre na mesa e serve de base a entradas como o pãozinho de queijo recheado com carne de vaca e desfiar (€9), ou o caco sandu (bolo do caco com tempura de cogumelos, €8,50). Mas há outras criações do chefe de cozinha: farroto (grão de trigo integral servido com pickles, €14) ou fideuá (aletria tostada no forno com joelho de porco, €27). A rabanada madeirense, com vinho Madeira e limão (€5) é o remate perfeito. R. S. Bento da Vitória, 80 > T. 96 661 7195 > ter-qui 12h30-15h, sex-sáb 12h30-15h, 19h-22h
3. Kaigi
No mais recente restaurante de Vasco Coelho Santos, tudo acontece num balcão de 12 lugares, ao estilo das tabernas japonesas (izakaya). O Kaigi une técnicas e receitas nipónicas a produtos nacionais. Além do menu omakase (significa ficar nas mãos de, €65), existe uma carta onde constam tempuras, escabeche, karague (frango frito marinado em gengibre), grãozada (bacalhau, grão e salsa), vitela estufada com miso e uma sobremesa de pera, noz e queijo de S. Jorge. Para acompanhar, há saqués, chás portugueses (Camélia), espumantes e vinhos de diferentes regiões. R. Eugénio de Castro, 226 > T. 93 841 0124 > ter-sáb 19h-24h
4. Mira Mira, by Ricardo Costa
Num dos terraços mais exclusivos do World of Wine, com uma panorâmica onde cabe o Porto, da Ribeira à Ponte da Arrábida, acaba de reabrir o Mira Mira, agora com Ricardo Costa ao comando. Com dois menus de degustação, quatro e oito momentos (€80 a €150), um deles vegetariano, e opções à carta, há “pratos complexos a nível de sabor, mas visualmente mais simples, para uma experiência divertida”, diz o chefe de cozinha, duas Estrelas Michelin no Gastronómico, no The Yeatman. O bacalhau com feijoada, o borrego de leite ou os ovos-moles gelados são surpreendentes. World of Wine, R. do Choupelo, 39, Vila Nova de Gaia > T. 22 012 1270 > qui-seg 19h-23h
5. Morriña
Foi para dar a conhecer “uma certa forma de estar galega”, que Xulio Santiños abriu esta taberna. Além de tortilha galega, há rabas de calamares (€7) da Cantábria, puntillitas (lulas pequeninas, €9), raxo (carne de porco frita com muito alho, €5,50), “cocido” galego e 131 vinhos a copo (a partir de €3). Antes da abertura do terraço (no segundo piso, em julho), terá um menu de almoço. R. dos Mártires da Liberdade, 20 > T. 92 425 6551 > seg-dom 12h-2h
6. Casa da Companhia
Cabem 20 pessoas na sala pintada em ocre deste boutique-hotel de cinco estrelas, decorado por Paulo Lobo. A carta (a partir de €30) é uma viagem pelo País: lombo de novilho e barriga de porco de carne barrosã; lavagante e gamba do Algarve, e peixes da nossa costa (salmonete, robalo ou polvo). Em quase todos os pratos, há especiarias (caril, gengibre, paprika) e frutos, como lima ou ananás dos Açores. R. das Flores, 69 > T. 22 976 1020 > qui-seg 19h30-22h30
7. Genuíno
Gabriela Johann e Gustavo Schmidt abriram o Genuíno para servir “vinhos naturais e comida simples”. A carta é curta mas gulosa, em que nunca falta comida de conforto como creme de batata-doce (€3,50), croquetas (pernil de porco, ragu de vitela, frango, €4) e massas frescas (€13). Tal como o menu, também os vinhos mudam todas as semanas – há quatro opções diárias a copo (a partir de €4,50), de pequenos produtores portugueses e estrangeiros. R. Miguel Bombarda, 78 > T. 93 841 6002 > ter-qua 18h-22h30, qui-sáb 12h-15h, 18h-22h30
8. Alto
Arman Grigoriants e Kira Mathiot acreditam que “a comida une as pessoas”. No Alto, restaurante que abriram em janeiro, começaram com uma carta de brunch e, entretanto, já servem jantares. A carta é curta, mas viajada com influências do mundo – tudo feito com ingredientes de mercados locais. Panquecas eslavas (syrniki) de queijo cottage, shakshuka (Médio Oriente), o típico pequeno-almoço inglês e frango teriyaki são algumas das opções. Para beber, há café de especialidade em versão gelada, chá de folhas inteiras e vinhos naturais. R. de Cedofeita, 333 > qui-seg 10h-16h, sex-sáb 19h-23h
9. Culto ao Bacalhau
O bacalhau é rei e senhor no primeiro restaurante de raiz no Mercado do Bolhão. Com ele, o chefe Rui Martins pretende devolver “o receituário tradicional e o culto à gastronomia portuguesa”, com cura mínima de 24 meses e demolha própria. As 24 sugestões da carta aproveitam todas as partes do fiel amigo. Além dos tradicionais à Zé do Pipo e à Brás, surge em rissóis à espanhola, ovas fritas com limão, feijoada de sames, caldeirada ou escabeche, ou na sobremesa mil-folhas com ovos moles (leva bacalhau desidratado). Mercado do Bolhão (Piso Galeria) > R. Formosa, 322 > T. 91 072 9138; 22 110 2810 > seg-sáb 12h-23h
10. Ilícito
No restaurante e bar do hotel The Editory Boulevard, as receitas “fora da caixa” de André Silva desafiam os sentidos. Aberto ao jantar, tem apenas dois menus de degustação: o Malabarista, no qual cabem o salmão marinado, vieiras, raia e coco; e o Trapezista, com pratos mais provocadores, como o cappuccino de lavagante e frango de churrasco. Os cocktails de autor são escolhidos a partir de um baralho de tarot. The Editory Boulevard Aliados > Av. dos Aliados, 141-147, R. do Almada, 224 > T. 22 010 2500 > seg-dom 19h30-22h (restaurante); dom-qui 13h-23h, sex-sáb 13h-1h (bar)
11. Terroir
Informal e para partilhar, a nova brasserie do chefe Henrique Sá Pessoa abriu, em março, numa sala decorada com peças de artesanato e mobiliário em vime, com vista sobre o terraço e jardins, no Vinha Boutique Hotel. Nas entradas, encontram-se os tradicionais peixinhos da horta, as amêijoas à Bulhão Pato ou a saladinha de polvo. Nos pratos principais, o chefe de cozinha (duas Estrelas Michelin no Alma, em Lisboa) sugere desde um arroz caldoso de cogumelos a um bacalhau à Brás (€19), passando pelo lombo de vaca e polenta trufada ou o entrecôte. Vinha Boutique Hotel, R. Quinta Fonte da Vinha, 383, Vila Nova de Gaia > T. 22 115 4122; 91 262 9647 > seg-dom 12h30-14h30, 19h-22h30