A ostra com molho de pera-nashi, manga e uísque japonês Nikka (€4) dá início ao almoço–viagem que nos leva, em primeiro lugar, até ao Japão. Dali, saltamos para a Coreia, com o lombo de atum, arroz crocante e maionese picante gochujang, uma pasta de malagueta coreana (€9). No Salta, aberto em maio, na zona do Rato, em Lisboa, a inspiração vem da gastronomia que se faz na Ásia e na América Central. Duas cozinhas separadas por um oceano, mas que têm muito em comum. “Os ingredientes-base e os temperos são similares, mas usados de forma diferente”, explica Tomaz Reis, o chefe de cozinha brasileiro que passou por restaurantes como o Mr. Wong, na Austrália, o Boa-Bao, em Lisboa, e o Vila Joya (duas Estrelas Michelin), no Algarve.
O México é a paragem que se segue, com o tiradito de hamachi laminado, jalapeños fermentados, molho de yuzu japonês e ice plant (€14), e o fish taco (€12), uma tempura de peixe com couve-chinesa, chutney de ananás, rabanete, maionese picante e coentros. Já os croquetes cremosos de perna de pato confitada com molho doce de ameixa (€8, 4 unidades) trazem-nos de volta a Lisboa, cidade onde Tomaz Reis e mais três amigos (Mo Lisbona, Pedro Lopes e Rafael Almeida) decidiram abrir o Salta (o nome é uma abreviatura de saltapatrás, denominação histórica do cruzamento de nativos com colonos na época da descoberta da América).
Também na carta de vinhos se viaja por diferentes países, com predominância dos vinhos naturais, apostando-se em pequenos produtores de norte a sul de Portugal, mas também da Áustria e da Nova Zelândia, por exemplo. Nas sobremesas, o chefe surpreende com um brownie de chocolate, miso e dulce de leche, servido com puré de laranja, gelado de mascarpone e praliné de avelãs. Tudo isto para desfrutar dentro ou fora do restaurante, que tem uma esplanada interior.

Salta > R. Rodrigo da Fonseca, 82A, Lisboa > T. 21 132 5822 > qua-sex 19h-24h sáb-dom 13h-24h

