LISBOA
1. Yard of Greens
Duas semanas antes do lockdown, as sócias Marta de Magalhães Lemos e Rita Conde Pereira, proprietárias da cafetaria Bowl, em Campo de Ourique, assinaram o contrato da sua nova aventura profissional. Apesar das dificuldades, o restaurante Yard of Greens acabou por abrir em meados de agosto. A ementa desta nova casa, onde sobressai uma árvore gigante no centro da sala e um terraço ao ar livre, centra-se “numa alimentação saudável, baseada em receitas de várias cozinhas do mundo”, dizem. E continuam: “Não somos um restaurante vegetariano, somos inclusivos.” Todos os dias, servem pequenos-almoços, almoços e lanches e, ao fim de semana, um brunch.
No Yard of Greens, há opções para as diversas horas do dia. À rainbow pancake tower (€25, até 4 pessoas), uma panqueca gigante para partilhar, e à tosta de cogumelos (€7,50), juntam-se o dip de húmus de beterraba (€4,50) e o hambúrguer italiano (€9,50), preparado com tomate seco, cogumelos e lentilhas, mozzarella de búfala, rúcula e pesto. Para apetites mais vorazes, sugere-se o pad thai (€13), o prato tailandês confecionado com noodles envolvidos com camarão-tigre e tofu, molho tamarindo e amendoim, ou as almôndegas vegetarianas (€12). Em breve, também vão começar a servir jantares. R. do Conde de Redondo, 70, Lisboa > T. 91 008 7893 > seg-sex 9h30-19h30, sáb-dom 10h-19h30
2. Zunzum Gastrobar
Entre o moderno e o tradicional, a chefe Marlene Vieira define o seu novo Zunzum Gastrobar como “descontraído, com comida descomplicada e divertida”. “É alta-cozinha a preços acessíveis”, resume. Depois do adiamento de meses, abriu finalmente as portas em julho, no novo Terminal de Cruzeiros de Lisboa. Ora na sala envidraçada, com apontamentos em vermelho, perto das prateleiras da mercearia, ora na esplanada, destacam-se as tarteletes de bacalhau (€9/2 unidades), a sapateira e abacate com ovas de truta (€12), e o ceviche de espadarte com maracujá e pimenta da terra (€10). E ainda as espetadas de porco preto grelhadas acompanhadas por milhos fritos, ketchup de pimento picante, salada de legumes e pickles (€12/2 unidades). A fechar a refeição, arroz-doce, numa versão original e gelada (€5). O projeto, que nasce a convite do Porto de Lisboa, só ficará completo quando ali abrir, no início de outubro, o Marlene, o restaurante de fine dining com que a chefe sempre sonhou. Terminal de Cruzeiros de Lisboa, Edifício Norte, Doca do Jardim do Tabaco, Lisboa > T. 21 050 0347 > seg-dom 17h-23h, sáb-dom 12h-23h
3. Deep Blue
Aberta em julho, a nova marisqueira do Campo das Cebolas, com entrada também pela Rua dos Bacalhoeiros, já navega em velocidade de cruzeiro. A esplanada (40 lugares, mais 25 no interior) está a funcionar em pleno e, aos jantares, juntam-se agora os almoços com um menu especial servido de segunda a sexta-feira (€9,90 com bebida e café). Frescura, sabor e preços simpáticos são os grandes atrativos desta casa a lembrar as antigas marisqueiras francesas, mas onde os mariscos e o peixe são da nossa costa. Antes de chegarmos, já sabíamos que os croquetes de pato, com maionese de alho (€2,50), estaladiços, saborosos e bem recheados, seriam obrigatórios. O creme de marisco (€3,80) apresenta-se num caldo limpinho, aromático, com muitos pedaços de camarões grandes e amêijoas. A estupeta de atum (€12,50) remete-nos para terras algarvias, de onde também vêm as ostras (€2,50/cada). Gambas da costa e lagostins (€65/kg), tachinhos de açorda de marisco (€14,80) e de arroz de marisco (€16,20), peixe fresco do dia (€38 a €50/kg) e, nas carnes, conte-se sempre com chuletón (€39,90/900g, com 22 dias de maturação) e o clássico preguinho do lombo (€4,75/100g) que tantos apreciam para finalizar uma refeição numa marisqueira com ambiente acolhedor e discreto. S.C. R. dos Arameiros, 15, Lisboa > T. 21 886 3520 > seg-dom 12h-15h, 16h-19h (bebidas e petiscos), 19h-23h
4. Bla Bla Glu Glu
A ementa do novo restaurante Bla Bla Glu Glu, inaugurado a 10 de agosto, no Largo das Olarias, na Mouraria, em Lisboa, muda semanalmente, dependendo do produto da época e da vontade do chefe Leopoldo Calhau. “Nesta primeira fase, fazemos coisas parecidas às que servimos na Taberna, mas não há nenhum prato exatamente igual”, explica. Para abrir o apetite, deixamos algumas sugestões: cebolas bêbedas; salada de tomate servida com uma bola de gelado de limão, “bifana” de bochecha de porco e bao recheado com borrego num piso de coentros. Em relação ao vizinho do Bla Bla Glu Glu, a Taberna do Calhau, a funcionar há um ano, na porta ao lado, já há data para a sua reabertura: 18 de setembro. Aqui fica a dica para os apreciadores de boa comida portuguesa. Lg. das Olarias 22, Lisboa > T. 91 016 3649 qui-seg 17h-24h
5. Lat.A
No novo restaurante da Doca de Santo Amaro, em Lisboa, a feijoada à brasileira, os ceviches e os tacos juntam-se às caipirinhas, piscos e margaritas, numa viagem pelos sabores da América Latina. Pertencente ao grupo Capricciosa, e a funcionar na antiga sala de refeições para grupos do restaurante Doca de Santo, o Lat.A serve pratos que nos levam a deambular pelo Peru, como é o caso do ceviche de atum Nikkei (€9), pelo México, com o taco de camarão com abacate, e pelo Brasil aqui representado pelos pastéis de bobó de camarão (€5/2 unidades) ou a feijoada à brasileira(€35/2 pessoas; só aos fins de semana), entre tantas outras paragens gastronómicas que vale mesmo a pena experimentar. Doca de Santo Amaro, Lisboa > T. 21 093 5386 > seg-dom 12h-15h30, 19h-24h
6. O Pastus
Para quem vai a O Pastus, aberto no início de junho, é inevitável não escolher as mesas do coreto para almoçar, petiscar ou jantar. Dali, avista-se o mar e os pequenos barcos de pescadores e aprecia-se o Jardim Municipal de Paço de Arcos. No momento do pedido, além do creme fresco de tomate (€3), servido frio como um gaspacho (sem pimento) e finalizado com um picadinho de pepino e queijo, e do torricado de mexilhão em conserva (€5), há ainda pica-pau de carne maturada (€15), com batata frita aos cubos, preparado no ponto certo. N’O Pastus, o chefe Hugo Dias de Castro aposta no receituário português como quem quer “voltar à infância”, inspirando-se ao mesmo tempo nas viagens que fez. A estas sugestões, juntam-se o bacalhau à Brás (€12) e os pastéis de bacalhau (€3,50), acompanhados com grão e preparados segundo a receita da avó do chefe. Para encerrar a refeição, peça-se o pijama (€5), uma combinação das três sobremesas da casa: bolo-musse de chocolate, leite-creme de alfazema e toffee e requeijão. Av. Marquês Pombal, 5, Paço de Arcos, Oeiras > T. 93 271 1785 > ter-qui, dom 12h30-23h, sex-sáb 12h30-24h
7. Dom Roger
À mesa, chegam iscas de porco de coentrada (€4,80) e nelas apetece molhar o pão até à última gota. Também as lâminas de língua de vaca de tomatada (€6,80) e as moelas fritas com pickles de cebolinhas e poejos (€6,80) puxam pela gula e, mais uma vez, pelo pão. Mas há muito mais para provar no novo Dom Roger, aberto em junho, no centro de Lisboa, pela mão do chefe Vítor Sobral. Além destas miudezas, a ementa, assente em produtos e receituário portugueses, que respeita a sustentabilidade, inclui ainda choco frito com limão e coentros (€9,80) e bacalhau à Zé do Pipo (€14,50), entre outras opções. Comprar diretamente a pequenos produtores é uma das mais-valias de Sobral, que começou por ser chefe consultor e acabou como sócio do Dom Roger. “Quando entrei neste projeto mais a sério, já o nome e a decoração estavam escolhidos. Por isso, a minha intervenção foi dar uma maior portugalidade ao restaurante”, afirma. Em complemento, há ainda pratos com dia fixo (os preços variam entre os €9,50 e os €13,95). Av. da República, 47F, Lisboa > T. 21 155 5849 / 93 321 1879 > seg-dom 12h-23h
8. Belmiro
Perto da hora de almoço, começa o rodopio no restaurante Belmiro. Os clientes ocupam, em primeiro lugar, a esplanada e, em seguida, a sala interior pintada em tons de rosa. Nessa altura, Belmiro de Jesus assume os comandos da cozinha, mas mantém o olhar atento a tudo o que se passa em seu redor. Apesar de ter aberto em fevereiro (nunca chegou a fechar as portas durante o lockdown, tendo apostado nas entregas na área de Lisboa), perto do Campo Mártires da Pátria, o restaurante Belmiro é já uma morada fixa para muitos comensais que seguem o cozinheiro desde os tempos do Salsa & Coentros, o restaurante que abriu, em 2005, com um sócio, em Alvalade. Conhecido pela comida de tacho e pelas cabidelas, cozidos, iscas de vitela, pezinhos de porco de coentros, perdiz com couve-lombarda, o cozinheiro nascido há 46 anos, em Fiolhoso, no concelho de Murça, acrescenta à sua ementa, baseada no receituário português, as empadas do Bel’ Empada, o seu anterior negócio (14 receitas, entre elas, de cozido, bacalhau, coelho e pato). Além da ementa fixa e dos dois pratos do dia, há ainda um menu de degustação com cinco e seis momentos que vale a pena pedir para experimentar. Fica a dica: o serviço de takeaway ainda está funcionar; ideal para os dias de preguiça. R. Paço da Rainha 66, Lisboa > T. 21 885 2752 > seg-sáb 12h-24h
9. Pró’Rio Seixal
A dois passos do areal da praia do Ti João, como é conhecida a Praia Fluvial do Seixal, o novo restaurante Pró’Rio, inaugurado nesta terça-feira, 8, é um pequeno oásis para quem regressa à rotina. Depois de se apreciar a vista do rio e de Lisboa, virem-se as atenções para a ementa baseada numa alimentação saudável, com um toque asiático – ou não fosse este o irmão mais novo do restaurante Miyagi Seixal, a 600 metros, e que nos leva a viajar pelas cozinhas da Ásia.
Entre as várias opções de pequeno-almoço e de brunch, composto por bowls, hambúrgueres, tostas e sumos, destacam-se ainda as panquecas japonesas, fofas e altas, e o sushi tower. R. Paiva Coelho, 72, Seixal > T. 91 108 7826 > ter-dom 10h-20h
10. Oh!Sorte
É preciso entrar, e não apenas espreitar, para se perceber a beleza e a dimensão do novo restaurante Oh!Sorte, aberto na primavera, na Rua da Alegria. Antes de este vírus virar do avesso a vida de todos, as sócias Cláudia Freitas e Alessandra Haiat viajaram por Portugal à procura de pequenos produtores e de bons ingredientes. Da ementa baseada na cozinha italiana, destacam-se a pizza Oh!Sorte (€18,50), preparada com alheira assada no forno, mozzarella, ovos cozidos, cebola caramelizada e molho de tomate; o risotto Sicilia (€16), com arroz carnaroli, limão siciliano e camarão salteado, e o tortelloni recheado de requeijão e parmesão (com opção de molho de tomate ou de manteiga) e sálvia (€12). R. da Alegria, 20, Lisboa > T. 96 478 2851 > seg-dom 12h-15h, 18h30-23h
11. Lucky Nr 5
O chefe Abel Moura e Cunha, discípulo de Paulo Morais, está desde junho à frente do restaurante Lucky Nr 5, em Lisboa. Ali, aposta-se numa ementa mais virada para o peixe (mas também há opções de carne maturada) e que se divide entre pratos crus e cozinhados. Para abrir o apetite, ficam algumas sugestões: ostras da Ria Formosa (€2/unidade), lapas da Madeira (€12), ceviche do peixe do dia (€10), tiraditos (€9), tataki de espadarte (€9) e massa fria (€11), entre outras opções inspiradas nas cozinhas do mundo. Para sobremesa, além da tarte de caramelo, aproveite para saborear uma das criações da L’Éclair, fruto da amizade entre o chefe (que passou pelo Umai, Suschic e Rabo d’Pêxe) e o parisiense Matthieu Croiger.
R. Dona Filipa de Vilhena, 19C, Lisboa > T. 21 134 9242 > seg-sex 12h-15h, 19h30-24h
PORTO
12. Habitat
Havia a vontade de trabalhar o fogo, relacionada com “a necessidade de simplificar e de regressar aos básicos”, adianta Frederico Azevedo. O caminho sólido percorrido com o restaurante Reitoria, na Baixa do Porto, permitia-lhe avançar para outros projetos, e, durante cerca de dois anos, Frederico delineou o que seria o Habitat, na Cantareira, ali onde o rio faz fronteira com o mar. Da casa devoluta só ficaram as quatro paredes. “Era importante começar de raiz e estruturar o projeto exatamente como queríamos”, explica o proprietário, nomeadamente, a grelha desenhada para explorar os sabores do fogo, numa cozinha exposta aos olhares dos clientes. A casa está dividida em dois pisos: no térreo, concentra-se a oferta de sanduíches, saladas, smoothies e tapas de diferentes influências, para almoços rápidos, leves e saudáveis, com produtos de qualidade e preços mais em conta; no superior, com uma decoração mais requintada, tendo o teto e a claraboia de madeira em destaque, provam-se sugestões mais criativas, além de carne e peixe a peso, algum deste trazido em mãos pelos pescadores da Cantareira. R. do Passeio Alegre, 350, Porto > T. 96 930 6188 > ter-sáb 12h30-23h, dom 12h30-16h
13. Kug
Enquanto os dias de calor se prolongam, este jardim de dois mil metros quadrados e árvores centenárias, no centro do Porto, é particularmente convidativo. A 22 de agosto, a cozinha do Kug quis estar à altura do lugar e passou a funcionar com uma carta assinada pelo chefe Rui Paula. “Não queria fine dining nem que os preços disparassem, mas foi construído um menu de assinatura bastante completo”, sublinha Tiago Oliveira, o proprietário. Hambúrguer de lavagante (€23), tempura de lulas (€12), carpaccio de vitela, pistachio e compota agridoce (€11), burrata com presunto (€12), linguini nero alle vongole e robalo (€24) ou vieiras, ovo de codorniz e puré de trufa (€15) estão entre os pratos, para todos os gostos. “Foi um desafio; quis apresentar uma carta descontraída, de partilha, sem esquecer o sabor e a apresentação”, sublinha Rui Paula que se encantou pelo local. Existem ainda três menus de brunch, com o mais completo a incluir ostras, ceviche e rosbife. Para acompanhar, não faltam cocktails criados por Tatiana Cardoso, uma das melhores barmaids do País. Quando o frio chegar, além da pérgula fechada e de duas salas interiores, outras soluções estão a ser pensadas. R. D. Manuel II, 178, Porto > T. 22 600 0744 > ter-sáb 12h-24h, dom 12h-19h > almoço executivo €15, menus brunch €19 a €37
14. Ondo
Não se dá logo por ele. É preciso percorrer a Rua de São Victor (onde raras são as portas que não escondem uma ilha) quase até ao fim, para se entrar no primeiro restaurante coreano do Porto. Ali, Kelly Min mostra uma cozinha típica, com empratamento simples e autêntico. “É comida tradicional, mas não é de casa, porque dá muito trabalho”, diz a também fotógrafa, 32 anos. Prove-se o bibimpap, uma mistura de vegetais, lombo de vitela, arroz e ovo estrelado (€12), o korean chicken, ou seja frango frito envolvido num delicioso molho agridoce e sementes (€15), e, claro, não podia faltar o kimchi, condimento típico, à base de vegetais. Gelados de matcha, feijão-vermelho e sésamo são um clássico (€2,50), tal como a yuzu ice para beber. R. de São Victor, 148, Porto T. 96 200 5687 > ter-sáb 12h-16h, sex-sáb 19h30-23h
15. Swallow Decadent Brunch
Sugestões de brunch (€9 a €13), com inspiração norte-americana, são o forte da casa, desde as clássicas panquecas aos ovos para todos os gostos, passando pelos pratos vegetarianos. Para acompanhar, não faltam bebidas à base de café, cervejas artesanais, sumos naturais e smoothies. Nas sobremesas, o Decadent Brownie, com nozes, caramelo e natas batidas, é a estrela da carta. Instalado num edifício amplo e antigo, na Baixa do Porto, o Swallow apresenta uma decoração moderna e arejada, com murais de graffiti e com muito verde. Campo dos Mártires da Pátria, 144, Porto > T. 22 208 1689 > ter-dom 10h-18h
16. Callejero
Laura Flores e Andres Montes, 34 e 49 anos, vieram para ajudar uns amigos com uma loja, há um ano, e acabaram “enamorados”, conforme dizem, pelo Porto. Como sempre gostaram de passear (e ele, natural da cidade mexicana de Guadalajara, em particular, de cozinhar), percorreram, durante meses, o nosso país numa food truck, com experiências pop-up. Daí até ao restaurante foi um passo, rápido, atrasado apenas pela pandemia. No Callejero, aberto desde junho, em frente ao bar Pipa Velha, serve-se comida mexicana de rua, para partilhar a qualquer hora. “É um regresso a casa e aos convívios de amigos”, resume. Pintados ou alinhados na parede, estão alguns símbolos mexicanos, cuidadosamente escolhidos, a que é difícil resistir, neste restaurante colorido mas nada folclórico. Experimente-se o guacamole feito no momento (€5,75), totopos e molhos caseiros (€3,75) e um fresquíssimo ceviche de tubarão (€7,75). Há burritos bem guarnecidos, de porco, frango, bife e veganos (a partir de €8,75), com os tacos a brilhar na lista: do cochinita classic, com ombro de porco e cebola (€7,75) ao nopalito, vegano, com cato nopal, tomate e coentros (€8,75). Acompanhe com margaritas (€7), uma bebida da casa ou um cocktail. Não é difícil sair-se dali de cara alegre. R. das Oliveiras, 118, Porto > T. 22 405 5719 > ter-sáb 12h-24h, dom 12h-23h
17. Metade e Meia
O mais recente projeto de Pedro Limão abriu em agosto, ocupando o pátio de paredes de pedra, nas traseiras da loja Coração Alecrim, com um menu de pratos simples e sazonais para partilhar. “É uma cozinha de casa, feita de sabores e de proximidade com o cliente”, resume o chefe. O menu (pratos €5 a €12) muda todas as semanas, mas os rissóis de berbigão com tinta de choco, o tártaro de atum, o bife com foie gras e molho de pickles ou a bochecha de porco com batata-doce mantêm-se e estão disponíveis a qualquer hora. Há sobremesas com um toque salgado, como o pudim de vinho do Porto ou o bolo da Lúcia, além das dez referências de vinho nacional, biológico e sem filtragem, na sua maioria. Tv. de Cedofeita, 28, Porto > qua-sáb 12h30-19h, (a partir de 17 set) ter-qua 12h30-19h
18. Terra
A viragem para os sabores do Sudeste Asiático e do Japão, percorrendo os mares outrora navegados pelos portugueses, é evidente. O Terra já se tinha distinguido pelo sushi-bar, mas desta vez segue uma linha mais purista, assente no rigor da técnica e da confeção. “Damos um enfoque maior ao sushi tradicional e subimos o patamar da qualidade”, sublinha Vasco Mourão, proprietário do grupo Cafeína, dono do restaurante. À carta acrescentaram-se robata (grelhados japoneses), como barriga de porco bísaro com hoisin e citrinos (€8,70) ou bimis com sésamo e chips de alho (€7,20), além de domburi: tigela de arroz japonês com diferentes ingredientes (€16,90 a €19,70). Reduziram-se, isso sim, as sugestões de carne e de peixe, que incluem bacalhau negro com miso, acelgas e sésamo (€22,90) ou caril vermelho thai de frango com vegetais e amendoim (€16,90). Os clássicos de sempre, entre os quais o turnedó Wellington (€21,70), continuam na lista. A casa também sofreu transformações, apresentando uma decoração mais leve, com biombos de vidro a separar as mesas, e muito verde. R. do Padrão, 103, Porto > T. 22 617 7339 > ter 19h30-23h, qua-sex 12h30-15h, 19h30-23h, sáb 12h30-15h30, 19h30-23h30, dom 12h30-15h30, 19h30-23h
19. Praça
Quatro anos depois de ter encerrado na Praça D. Filipa de Lencastre, na Baixa, o Praça reabriu, no final de junho, na Boavista. Mantém as tostas de pão rústico (€6,60), o guacamole tradicional (€5,60) e os mojitos de rum envelhecido e de hortelã fresca, a par de algumas novidades. Da carta, muito influenciada pelas viagens dos proprietários, da Tailândia ao Brasil, passando por Londres, é imperativo que se provem os croquetes de camarão e kimchi (€2,10), os crepes chineses (€3,20) e a bomba de vitela galega com mostarda caseira (€1,80). Há lulas satay, com creme de ervilhas (€12,20), carpaccio com verdes (€13,10) e arroz salteado de sabor asiático e bem apurado (€11,80), além da clássica massa da avó Giovanna, com tomate, mozzarella e ervas (€9,80). “É o bar de praia no centro da cidade, descontraído e com boa onda”, resume Pedro Trindade, um dos sócios, em conjunto com o chefe João Freire Pimentel, Zeca Maia e Mário Carvalho, os dois últimos também responsáveis pelo Xico Queijo e pela Casa do Livro. Nesta “casa de amigos”, como lhe chama Zeca Maia, cabe muito do anterior Praça, como o mobiliário de madeira e os candeeiros, a prancha de surf de Tiago Pires e a guitarra do músico Alberto Índio, clientes habituais. R. de Agramonte, 248, Porto > T. 22 600 0360 > ter-sáb 12h-24h, dom 17h-24h