“Ter um restaurante era um sonho antigo, mas nunca imaginei acabar na cozinha”, começa por dizer Pedro Braga. Depois de estudar gestão hoteleira, no Algarve, trabalhou com o chefe Carlos Barros, em Sines, e decidiu mudar de rumo. Seguiu, então, para Londres, onde tirou um curso na Le Cordon Blue. No regresso ao Porto, a cidade onde nasceu, passou por restaurantes como o Reitoria, Pedro Lemos e Tenra. Com o fecho deste último, decidiu avançar a solo, procurando um lugar para ficar “perto da movida, para servir comida de conforto e cocktails”, conta. O Mito, que herdou o nome de um grupo de amigos dos tempos do liceu, abriu a 12 de julho, na Rua José Falcão, para servir uma cozinha “autêntica e muito pessoal”.
“É uma comida de sabor marcado, com vida, focada no produto e identidade portuguesa e sem pratos tradicionais”, avisa Pedro Braga. Seguiu a inspiração de uma casa de petiscos, mas tendo por base a técnica francesa, muitos caldos, criações próprias e um toque asiático forte. Entre as opções na carta do Mito, há tártaro de alcatra (€10), franganito assado (€18), bacalhau assado (€17), bao de polvo (€8), lingueirão (€12), rabanada de matcha (€5) e um menu infantil (€10). Sem entradas, nem pratos principais, a ementa divide-se por estação de cozinha (frios, quentes, carvão e doces) e todas as opções podem ser partilhadas à mesa. Acompanhe-se com um cocktail clássico ou com uma das 10 criações do barman Dimitri, com ou sem álcool (€4,50 a €7,50). Nos vinhos, todos portugueses, sobressaem produções como o Inculto, Riso ou Fraga Alta. Descontraído, o Mito exibe um criativo jogo de quadros e de iluminação por entre tubos de cobre que deixa a todos de nariz no ar.
Mito > R. José Falcão, 183, Porto > T. 91 750 9955 > seg-qui 18h30-23h, sex-sáb 18h30-1h