Totalmente revestido a folha de ouro, o forno domina o espaço claro e harmonioso do restaurante e justifica o nome que lhe foi dado: Forno d’Oro. Abriu em Janeiro de 2015, no lugar de outro restaurante de boa memória, o Mezzaluna, também com designação e cozinha italianas, e beneficiou do talento da arquiteta Cristina Santos Silva, que soube criar um ambiente tão leve e simpático como acolhedor. O brilho do ouro é sedutor, mas não tanto como as pizzas que se fazem no forno a lenha, à boa maneira napolitana, fofas, altas (mais na orla do que no interior), recheadas com produtos de qualidade e sempre com a cozedura uniforme.
Na ementa, que é extensa, predominam as pizzas, mas também há várias e boas entradas, massas frescas, risottos, peixes, carnes e sobremesas. Para entrada escolhemos “insalata di rucola” (rúcula, “parmigiano reggiano” e tomate cereja) e “burrata DOP con olio di oliva”, que mostraram as virtudes dos ingredientes, em especial a sua grande frescura. Em três dezenas de pizzas, sete são de “alma lusitana”, que integram produtos portugueses, como a “Al Andaluz” (tomate San Marzano, fiori di latte, presunto de porco preto bolota, courgette salteada, manjericão e queijo Serra da Estrela) e a “Transumância” (tomate San Marzano DOP, fiori di latte, túbaras do Alentejo, queijo de ovelha da Serra da Estrela e presunto de porco preto de bolota); as restantes, de “espírito italiano”, incluem as clássicas, evidenciando-se a “Ricotta Salami Fungi” (tomate San Marzano DOP, fiori di latte, requeijão de ovelha, salami di Napoli, cogumelos salteados e manjericão) e a “Burrata Proscuitto e Rucula” (tomate San Marzano DOP, burrata, presunto e rúcula); todas com a massa muito leve, a cozedura perfeita, os sabores aliciantes.
Em alternativa, uma dezena de massas frescas, risottos, peixes e carnes com o “Spaghetti con Gamberoni” (esparguete com gambas de Moçambique, tomate fresco azeite BIO) e o “Bucatini Al Ragù Pugliese” (carne de vitela branca e borrego envolvidas em molho de tomate caseiro com cozedura lenta, salteada com bucatini e “parmigiano reggiano” DOP) a merecerem especial atenção. Nada a inventar nas sobremesas, dado que há bons “tiramisu” e “panna cotta al frutta di bosco”. Garrafeira interessante, embora nos recomendem a cerveja artesanal, que está muito bem representada. Serviço atento e simpático.
Forno d’Oro > R. da Artilharia Um, 16B, Lisboa > T. 21 387 9944 > seg-dom 12h-15h, 19h-23h > €22,50 (preço médio)