Segundo o mais recente relatório da Sociedade internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), com base em respostas de 1 081 cirurgiões de vários países, em 2020, foram realizados 14 milhões de procedimentos não cirúrgicos em confronto com dez milhões de cirurgias.
Neste episódio das Conversas com Saúde, o cirurgião plástico José Carlos Parreira, Presidente da Associação Europeia de Sociedades de Cirurgia Plástica Estética (EASAPS), confirmou que se nota, cada vez mais, uma tendência pela procura de técnicas menos invasivas.
“Os procedimentos mais pedidos continuam a ser a toxina botulínica e o preenchimento com ácido hialurónico”, mas começam também a ganhar terreno os lasers para tratar a superfície da pele danificada pelo sol, a radiofrequência para estimular o colagénio e, consequentemente, a elasticidade da pele, a injeção de vitaminas, a lipoaspiração feita com laser, aquecendo a pele por dentro, a criolipólise para congelar as células de gordura e os “cocktails de injetáveis”, que combinam ácido hialurónico e as plaquetas do sangue do próprio paciente.
Ao longo da conversa, o cirurgião plástico explica em que consistem estes procedimentos, os tempos de recuperação necessários, as principais precauções a ter após a realização dos mesmos e a durabilidade expectável de cada um deles.
Responsável por trazer a Lisboa, entre 31 de março e 2 de abril, o Congresso Bienal da Associação Europeia de Sociedades de Cirurgia Plástica Estética, onde os principais temas tratados serão a cirurgia mamária e o contorno corporal, José Carlos Parreira focou-se também nestes dois tipos de cirurgia.
De uma forma geral, Parreira revela que “as tendências dos últimos tempos são para procedimentos menos invasivos”. Se, na cirurgia da mama, os implantes são ainda os reis e senhores, no contorno corporal começa a ser cada vez mais utilizada a transferência de gordura.
Uma das cirurgias mais pedidas, com recurso a esta técnica é a lipoaspiração de alta definição, “uma técnica que colhe gordura de áreas indesejadas e transfere-a de forma a modelar e fazer um contorno corporal, nomeadamente dos músculos conhecidos como six pack”.
Ao longo do episódio é ainda possível descobrir qual o tipo de candidato ideal a esta cirurgia, quais as potencialidades da chamada medicina regenerativa, que usa as células de gordura para regenerar tecidos, e também que tipos de cirurgia íntima possibilitam às mulheres ter uma vida sexual ativa mais duradoura e de maior qualidade.
Por fim, José Carlos Parreira deixa alguns conselhos para quem está a pensar avançar com um procedimento plástico estético, desde procurar e escolher criteriosamente o médico e a clínica onde se realizará a operação ou tratamento até assinar o termo de consentimento informado, conservando uma das cópias para si, passando por ter, no mínimo, duas consultas com o médico antes de se operar e nunca ocultar que se fuma, pois “o fumo é muito nocivo neste tipo de cirurgias”.
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