Com a chegada do outono aumentam as infeções respiratórias às quais deve estar atento. Os sintomas são muito semelhantes e é, por isso, complexo saber se tem Covid-19, gripe ou outra doença das vias respiratórias apenas com base nos sintomas. Por isso, em primeiro lugar, o que deve fazer é realizar um teste rápido para confirmar que está infetado com este vírus.
Quais são os sintomas?
Os sintomas de infeção aguda das vias respiratórias como a Covid-19 ou a gripe, incluem: tosse, febre (temperatura ≥ 38.0ºC) ou calafrios sem outra causa atribuível, perda, ou alteração, do olfato ou paladar, falta de ar, dor ao inspirar e dificuldade respiratória, prostração e cansaço.
Além disso, dores musculares e articulares, recusa alimentar ou falta de apetite, dor de cabeça não habitual ou que dure mais tempo do que o normal, dor de garganta, nariz entupido ou a pingar e diarreia.
Sou obrigado a usar máscara?
Apesar de ainda se estar a discutir a necessidade do uso máscara, as indicações que a Direção Geral da Saúde menciona quando se apresentam sintomas respiratórios são: minimizar os contactos com outras pessoas e manter um distanciamento mínimo de 1,5 metros.
A utilização da máscara “cirúrgica bem adaptada” aparece “nas situações excecionais em que não seja possível assegurar o distanciamento mínimo”. Por isso, não, não é obrigatório, ainda que aconselhado.
Artur Paiva, diretor do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistências a Antimicrobianos (PPCIRA) da Direção Geral da Saúde (DGS), disse à agência Lusa que “temos de perceber que estamos num ambiente de normalidade social, portanto, não há nenhuma situação de alarme”.
“Não há nenhuma deteção de aumento do número de casos graves ou de hospitalizações devido à Covid-19 e, portanto, não há nenhuma razão para voltarmos ao uso generalizado da máscara”, analisa.
Quanto tempo tenho de minimizar os contactos?
A DGS explica que “muitas pessoas com Covid-19 não são infeciosas após 5 dias”. Por isso, se testar positivo, “minimize o contacto com outras pessoas, durante pelo menos 5 dias de sintomas”.
Ainda assim, é aconselhado “evitar locais com aglomerados de pessoas, como transportes
públicos, ou qualquer local fechado ou mal ventilado” e se praticar atividade física, “faça-o ao ar livre ou em locais onde não entre em contacto próximo com outras pessoas”.
Então, para minimizar os contactos, preciso de faltar ao trabalho?
Neste caso, a DGS apenas refere que “se possível, contacte a sua entidade patronal para discutir as
opções disponíveis como trabalhar a partir de casa”. Com o fim do estado de alerta associado à pandemia deixou de ser obrigatório o isolamento.
Apesar de não ser explicito, o ideal é evitar que se criem mais correntes de transmissão, e, por isso, o ideal é permanecer em casa, agilizando a melhor forma de gerir a situação.
Mas posso pedir baixa?
Pelo facto de ter terminado o estado de alerta, agora a linha SNS 24 deixou de passar baixas por Covid-19. Assim, estas passam a ser pagas de forma semelhante às baixas médicas por outras doenças.
De destacar que através do SNS 24 consegue obter baixas por doença, sendo que não podem ultrapassar os três dias consecutivos e estão limitadas a duas vezes por ano.
E o meu filho? Se apanhar Covid-19 pode ir à escola?
De acordo com as normas da DGS, “as crianças e jovens com sintomas ligeiros como o nariz a pingar, dores de garganta, ou tosse ligeira, podem continuar a frequentar o estabelecimento de ensino”.
De outra forma, “as crianças e jovens que estejam doentes e com febre devem ficar em casa e evitar o contacto com os outros, se possível”. Estas podem regressar ao estabelecimento de ensino ou ao jardim de
infância e reatar as suas atividades habituais “quando tiverem alta médica, ou deixarem de ter febre e quando se sentirem suficientemente bem para frequentar o estabelecimento”.
A agência governamental refere ainda que “todas as crianças e jovens com sintomas de infeção nas vias respiratórias devem ser ensinadas a cobrir a boca e o nariz com um lenço de papel ao tossir e/ou espirrar”. Além disso, “os lenços de papel devem ser descartados e as mãos devem ser lavadas com água e sabão
ou desinfetadas com solução antisséptica de base alcoólica”.