Chama-se ocitocina e é uma pequena proteína fabricada no cérebro, concretamente pelos neurónios do hipotálamo. Descoberta em 1906 pelo farmacologista inglês Henry Dale, é conhecida como “hormona do amor” – circula no cérebro e no sangue e, ao longo dos anos, demonstrou ter muito poder nas mulheres e nos homens.
1. Cria e fortalece vínculos de proximidade entre as pessoas
Um abraço, um beijo aumentam os níveis de ocitocina no sangue, e isso faz aumentar a confiança entre as pessoas. A investigadora portuguesa Diana Prata, que está a estudar o efeito da ocitocina, já adiantou que esta proteína é um ingrediente importante para que “o cérebro codifique as sensações sociais positivas como desejáveis e promova a sua procura posterior e continuada”. Ou seja, a amizade e o amor.
2. Interfere no comportamento sexual
Tem uma ação na fase inicial do processo de excitação sexual e na reação de ereção masculina. Durante o sexo, os níveis de ocitocina no sangue aumentam.
3. Diminui o stresse e a ansiedade
Quando se está perto de pessoas com quem se tem uma relação, o corpo produz mais ocitocina, diminuindo os níveis de cortisol, o causador de stresse.
4. Ajuda nos partos e na amamentação
É usada para acelerar o parto ou para o induzir, quando o colo do útero já está quase a entrar em trabalho de parto. A ocitocina favorece as contrações do útero e, mesmo no pós-parto, o corpo continua a aproveitá-la, o que permite evitar hemorragias. Por outro lado, é importante para a amamentação, pois estimula as glândulas mamárias.
5. Diminui problemas na digestão
Um estudo publicado no The Journal of Physiology revelou que a ocitocina tem um papel fundamental nas perturbações da digestão ligadas ao stresse. Ou seja, o stresse intefere negativamante nas funções gastrointestinais, provocando atraso no esvaziamento gástrico. Tal situação causa inchaço, desconforto, náuseas e pode ainda provocar diarreia. É aqui que, segundo os cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade de Penn State, ao serem ativados os circuitos de ocitocina, se reverte aquele atraso no esvaziamento gástrico.
6. Autismo
Um trabalho, em ratinhos, publicado na revista Nature sugere que um método que serve para “restaurar” a ocitocina pode vir a ser usado como terapia para o autismo.
7. Osteoporose
De acordo com investigadores da Universidade Estadual Paulista – que estudam, há uma década, o efeito da ocitocina no metabolismo ósseo –, esta hormona pode controlar e ajudar a prevenir a osteoporose em mulheres que vão entrar na menopausa.
E ainda, está apaixonado? No vídeo, saiba o que acontece no seu corpo: