A Covid-19 é uma das maiores causas de morte no mundo. De doença inexistente, passou para motivo de morte, ultrapassando a malária, a má nutrição ou os homicídios, de acordo com os dados coligidos com base no Global Burden of Disease Study (observatório epidemiológico mundial), o Worldometers e a universidade americana Johns Hopkins (refira-se, no entanto, que, no gráfico aprersentado, não estão patologias que matam milhões de pessoas todos os anos, como as doenças cardiovasculares ou cancro)
“Quando aparece uma doença nova, o potencial de infeção é muito grande enquanto não existir terapêutica”, nota Gustavo Tato Borges, vice-presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública. “A Covid-19 apanhou um campo perfeitamente cultivável para se espalhar dado que não há, ainda, antídoto, apenas estamos a tratar sintomas.”
Os quase 350 mil mortos provocados pela doença em cinco meses, até ao fim de maio, vão “continuar a subir”, segundo o médico de Saúde Pública. No entanto, acrescenta, os cientistas debatem-se, agora, para saber se “estas pessoas morreram de Covid ou por Covid”. Ou seja, se o vírus foi a causa de morte ou se outras doenças de que já padeciam tiveram uma importância maior. Sendo que, já se sabe, as comorbilidades têm influência na forma como o sistema imunitário responde a esta nova infeção.
(Notícia atualizada com a informação de que doenças cardiovasculares e cancro não constam do gráfico.)