A possibilidade de este coronavírus sofrer mutações tem sido considerada pelos pneumologistas e é nesse sentido que aponta um estudo agora divulgado na National Science Review, a revista da Academia Chinesa de Ciências. Apesar de os dados analisados serem relativamente limitados, a frequência dessa estirpe mais agressiva tem vindo a diminuir desde o início de janeiro.
Segundo o estudo preliminar divulgado esta terça-feira, 3, os cientistas da Faculdade de Ciências da Vida da Universidade de Pequim e do Instituto Pasteur de Xangai descobriram um tipo mais agressivo deste coronavírus em 70% o das amostras analisadas enquanto as outras 30% o correspondiam a uma estirpe de menor virulência. O primeiro foi prevalente na fase inicial do surto, na cidade de chinesa de Wuhan, mas a sua frequência tem diminuído desde janeiro.
Ainda assim, os investigadores, prudentemente, sublinham a necessidade urgente de mais estudos que combinem dados genómicos e epidemiológicos dos sintomas clínicos dos pacientes já identificados.
Recorde-se que este estudo foi feito logo após a Organização Mundial de Saúde confirmar que este vírus de rápida disseminação já tinha infetado mais de 90 mil pessoas em todo o mundo, provocando pelo menos 3 100 mortes. A grande maioria dos casos foi relatada na China, embora o número de novas infeções por dia nos outros países tenha excedido as da segunda maior economia do mundo. Neste momento, o vírus já se espalhou a mais de 70 países, em todos os continentes. Segundo a OMS; é possível que, muito em breve, haja registo de Covid-19 na maioria dos países em todo o mundo.