O sexo melhora a produtividade no trabalho, já que as pessoas se sentem mais felizes e motivadas e, por isso, vão ser mais bem sucedidas profissionalmente. Esta é a conclusão de um estudo, publicado na revista científica Journal of Management, que deu conta de que a atividade sexual alimenta os centros de prazer e recompensa cerebrais, o que vai melhorar o humor no dia seguinte e, por conseguinte, a forma de estar no trabalho.
Para a realização da pesquisa, a equipa de investigadores das universidades de Washington e de Oregon pediu a mais de 150 pessoas casadas que respondessem a inquéritos, durante duas semanas, duas vezes por dia, relativos ao seu humor diário e à frequência com que tinham relações sexuais.
A partir da análise dos inquéritos, os investigadores descobriram que, quando os voluntários tinham tido relações na noite anterior, eram mais propensos a estar de bom humor no dia seguinte e que este efeito durava cerca de 24 horas após o ato, o que resultou em respostas mais positivas relativamente à satisfação e empenho no trabalho. Os resultados foram semelhantes em homens e mulheres.
O estudo descobriu, também, que os voluntários que não conseguiam desligar-se do trabalho ao fim do dia, respondendo a e-mails em casa, por exemplo, tinham uma vida sexual menos satisfatória, isto porque receber constantemente notificações de novas mensagens de trabalho no telemóvel aumenta o nível de stress e ansiedade ( por isso mesmo, a França aprovou, em janeiro de 2017, uma lei que concede aos trabalhadores de empresas com mais de 50 funcionários o direito de ignorar os emails recebidos fora do horário).
Dos mais de 70 participantes, a equipa percebeu que a função cerebral dos que tinham sexo todas as semanas recebeu mais 2 pontos do que a daqueles que só tinham relações uma vez por mês e mais 4 pontos em comparação com os que nunca tinham.
Os vários benefícios do sexo têm sido estudados ao longo do tempo. Uma investigação publicada em 2004 descobriu que os orgasmos podem fortalecer o sistema imunitário. Também um relatório de 2007, da organização Planned Parenthood, referiu que há uma correlação entre a frequência sexual (duas vezes por semana) e ter ciclos menstruais mais regulares, assim como ter menos cólicas durante a menstrução. De acordo com a Fundação Espanhola do Coração, o sexo traz, até, benefícios para a saúde cardiovascular, por exemplo, já que “a prática sexual de forma periódica ajuda a reduzir a probabilidade de se sofrer um enfarte”. Já um estudo publicado em abril do ano passado no The Journals of Gerontology, Series B: Psychological and Social Sciences, concluiu que o sexo estimula o funcionamento cerebral, particularmente a partir dos 50 anos.