Um estudo realizado por investigadores das universidades de Cambridge, Stirling e Newcastle, no Reino Unido, concluiu que, se os doces que estão colocados, estrategicamente, nas caixas dos supermercados fossem retirados de lá, as vendas cairíam para mais de metade.
Os investigadores analisaram dados de mais de 30 mil agregados familiares, durante dois anos, registando o impacto que a remoção de batatas fritas, doces e chocolates tiveram nas compras das famílias.
Além disso, também examinaram dados de mais de 7 mil consumidores que compraram este tipo de snacks e os consumiram pelo caminho.
A equipa percebeu que, quando se removiam destes locais estes produtos, obtidos, maior parte das vezes, por impulso, o número de doces vendidos caía 76%. E no geral, de acordo com o estudo, a remoção deste tipo de alimento das caixas registou uma redução de 17% nas vendas totais.
Katrine Ejlerskov, autora principal do estudo, explica que os supermercados podem ter uma influência positiva no tipo de compras que os consumidores realizam, caso se removam os doces e snacks das caixas.
“Muitas dessas compras podem ter sido feitas por impulso, por isso, se o consumidor não vir e não pegar numa barra de chocolate na caixa, pode ser uma barra de chocolate a menos que consomem”, diz.
O estudo, publicado na PLOS Medicine, não mostrou se os compradores que reduzem na compra de pequenos sacos de doces e chocolates acabam por comprar pacotes maiores. Contudo, esta solução pode, além de ajudar a evitar alimentos não saudáveis, fazer com que as pessoas resistam ao chamado “pester power”, a capacidade de as crianças persuadirem os pais a comprarem produtos, como os doces apresentados nas caixas.