Dados de um inquérito da empresa britânica de estudos de mercado Mintel permitem concluir que existe uma maior quantidade de mulheres solteiras felizes com o seu estado civil do que homens: 61% das britânicas solteiras está feliz assim, em comparação com apenas 49% dos homens solteiros.
O estudo mostrou ainda que 75% das mulheres solteiras não procurou qualquer parceiro no último ano, contra 65% dos homens.
A explicação pode residir no facto de as mulheres terem de trabalhar mais em prol da relação que os homens e não sentirem que isso valha a pena, propõe a professora da Universidade de Essex, EmilyGrundy, ao The Telegraph.
“Existem provas de que as mulheres passam mais tempo a fazer tarefas domésticas que os homens e eu acho que são elas quem tem mais trabalho emocional – portanto elas vão fazer tarefas domésticas, cozinhar e afins e ainda ter um trabalho emocional acrescido” na relação, diz.
A professora aponta ainda uma explicação social para o facto, já que “as mulheres tendem a ser melhores a ter formas de socializar alternativas e outros confidentes; enquanto os homens tendem a depender muito das suas mulheres para isso, e têm menos ligações sociais”.
Quanto ao facto de grande parte da população solteira não procurar companheiro, o analista Jack Duckett, da Mintel, explica: “É fácil assumir que todos os solteiros estão numa busca ativa por um parceiro; no entanto, os nossos dados mostram que isso está longe de ser recorrente”, refere no site oficial da empresa.
“Muita desta relutância em procurar um parceiro pode ser atribuída aos mais novos priorizarem cada vez mais a sua educação, carreiras e estabilidade financeira em vez de estar em relações”, acredita o analista.
Contudo, o relatório aponta que são os comprometidos quem se sente mais financeiramente estável – 52% daqueles com uma cara metade dizem sentir-se financeiramente seguro, enquanto apenas 36% dos solteiros têm a mesma opinião.
Duckett acrescenta ainda que “embora as atitudes para com o casamento e as relações se tenham tornado mais liberais, continua a existir uma pressão social para estar comprometido, e um sentimento de obrigação para com fazer parte de uma relação”. Esta observação é comprovada pelo relatório, que aponta que 38% dos solteiros se preocupam com o facto de estarem sozinhos, sendo que são os mais novos, dos 18 aos 24 anos de idade, quem mais se deixa afetar por este medo.