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É fim de semana e a noite convida a uma saída com amigos ou ficar acordado até mais tarde para ver um filme. Não há problema, pensa-se, porque no dia seguinte é fim de semana e o despertador não vai tocar cedo. Mas pode não ser bem assim: Fugir à rotina pode causar o “jet lag social”: um desajuste que afeta o metabolismo do corpo.
Dormir cedo é importante para a saúde, sempre ouvimos dizer. Mas recentemente têm surgido diversos estudos que têm revelado como é fundamental ter um padrão de sono. Alguns especialistas acreditam que interromper a regularidade do regime de sono pode confundir o relógio biológico.
O fenómeno do “jet lag social” acontece quando existem grandes diferenças entre o horário do sono durante os dias de descanso e os dias de trabalho. É uma experiência semelhante à que acontece quando se viaja para lugares com fusos horário bastante diferentes e o corpo fica desregulado relativamente ao horário de dormir e comer.
Um estudo recente, publicado no jornal científico Sleep, revelou que este desajuste de horário pode causar fadiga crónica, humor irritável e pode mesmo aumentar o risco de doenças cardíacas – cerca de 11%. “Estes resultados indicam que a regularidade do sono, além da duração do mesmo, desempenha um papel importante na nossa saúde”, explica Sierra B. Forbush.
“Isto sugere que um horário regular pode ser um tratamento eficaz, relativamente simples e barato para prevenir doenças cardíacas, assim como outros problemas de saúde”, acrescenta.
Um outro estudo de 2015, analisou cerca de 800 trabalhadores que apresentaram padrões de sono diferentes nos dias de trabalho em comparação ao fim de semana. Os resultados indicaram uma correlação entre o jet lag social e problemas de obesidade e diabetes tipo 2.
Os investigadores revelam que não é o jet lag social em si que provoca problemas de obesidade – uma diferença de apenas duas horas nos padrões de sono já representa um aumento dos riscos. “Viver contra o relógio biológico pode contribuir para disfunções metabólicas”, acrescentam.