“Temos de concluir que a beleza é, em grande parte, alguma qualidade nos corpos, que age mecanicamente na mente humana através da intervenção dos sentidos”. A definição é do filósofo Edmund Burke e, apesar de remontar a 1756, continua a ser citada, à falta de melhor descrição do que é a beleza. A ciência,, entretanto, já conseguiu identificar alguns padrões e a preferência por rostos simétricos, por exemplo, parece ser universal.
No que à genética diz respeito, não há muito fazer (salvo intervenções cirúrgicas, claro). Mas há várias técnicas, explicadas cientificamente, que ajudam a tornar alguém mais atraente, como estas seis, compiladas pelo Business Insider.
Andar em grupos
Um estudo de 2013, publicado no Psychological Science, concluiu que somos mais atraentes quando estamos com os nossos amigos do que sozinhos. O fenómeno, a que os investigadores deram o nome de “efeito líder da claque”, explica-se com o facto de o cérebro humano ter tendência para avaliar o conjunto de rostos das pessoas num grupo em vez de as ver em separado, o que beneficia as que têm características físicas consideradas menos atraentes.
Ficar até à hora de fecho
Em 1979, um grupo de investigadores da Universidade de Virginia analisou vários estudos para concluir que, num bar, quanto menos tempo houver para interagir, por se aproximar da hora de encerramento, mais os indivíduos do sexo oposto parecem atraentes. Outro estudo mais recente, de 2010, confirmou que os frequentadores dos bares , solteiros, viam os outros como “significativamente mais atraentes” à hora de fecho.
Sorrir mais
Investigações publicadas em 2003 na Neuropsychologia e em 2012 no PLoS One revelaram que a zona do cérebro ativada quando recebemos uma recompensa é a mesma do que quando vemos um rosto bonito. Imagens do cérebro mostraram que esta resposta ainda se acentuava mais com expressões faciais sorridentes.
Usar vermelho
Várias experiências conduzidas por investigadores da Universidade de Rochester, EUA, e publicadas no Journal of Personal Social Psychology, corroboram o “efeito vermelho”. Analisando a resposta de várias mulheres a fotografias do mesmo homem com camisas de cores diferentes, viram que as participantes preferiam os que envergavam vermelho. Outra experiência, desta feita com homens a olhar para imagens de mulheres vestidas de várias cores, chegou à mesma conclusão.
Outro estudo publicado no Journal of Experimental Social Psychology avança uma possível explicação: Em muitas espécies de primatas, o vermelho nas fémeas é um sinal de recetividade sexual. Os babuínos e chimpanzés fémeas, por exemplo, coram visivelmente na altura da ovulação, enviando um sinal sexual claro para atrair os machos.
Dar atenção ao tom de voz
A forma como falamos tem um papel fundamental na atração que tanto homens como mulheres exercem uns sobre os outros. Investigadores da College London concluiram que os homens preferem vozes que indicam um tamanho de corpo mais pequeno – como um tom mais agudo -, enquanto as mulheres sentem-se mais atraídas por homens com uma voz mais profunda.
Apostar no sentido de humor
Homens e mulheres preferem ter uma relação com quem tenha “um bom sentido de humor”, como percebeu um estudo da Westfield State College, EUA, embora cada género valorize o humor de forma diferente: enquanto as mulheres se sentem atraídas por homens que as façam rir, os homens preferem mulheres que lhes achem graça. “O efeito de um bom sentido de humor nas atrações femininas pode ser parcialmente explicado pelo facto de as pessoas engraçadas serem vistas como mais sociáveis e mais inteligentes, algo que as mulheres procuram num homem”, adianta o psicólogo Gil Greengross, num artigo publicado no Psychology Today.