Em junho, os termómetros numa pequena localidade canadiana chegaram aos 49,6 °C. Quase 50 graus centígrados, num país conhecido pelo frio, que um estudo concluiu ser “virtualmente impossível” sem as alterações climáticas provocadas pelas emissões de gases com efeito de estufa, com origem na atividade humana. Essa onda de calor, que atravessou grande parte da Costa Oeste norte-americana, matou mais de mil pessoas. Lytton, a vila onde se bateu o recorde de temperatura no Canadá, foi quase completamente obliterada pelos incêndios que se seguiram.
Apenas 15 dias depois, do outro lado do planeta, a Europa Central seria devastada pelas tempestades mais intensas dos últimos mil anos, causando inundações, a uma escala bíblica, que tiraram a vida a pelo menos 242 pessoas.
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