A espécie chama-se Deinosuchus (que significa “crocodilo do terror” ) e o novo estudo, publicado esta semana no Journal of Vertebrate Paleontology, divulga que estes crocodilos “foram os maiores predadores semiaquáticos nos seus ambientes e são conhecidos por se terem alimentado de grandes vertebrados, incluindo vertebrados terrestres contemporâneos, como os dinossauros”.
A investigação começou em 2018, mas, agora publicadas as conclusões, sabe-se que estes animais pertencem a uma linhagem de crocodilos gigantes do Cretáceo Superior da América do Norte, que podem ser comparados a autocarros e que têm dentes do tamanho de bananas. Os investigadores referem também que existem três tipos desta espécie.
“Com até 10 metros de comprimento, o Deinosuchus, é conhecido por ser uma das maiores, senão a maior, espécie de crocodilo já existente. Foi o maior predador em seu ecossistema, superando até mesmo os maiores dinossauros predadores que viviam ao lado deles, de 75 a 82 milhões de anos atrás”, explicam os investigadores num comunicado de imprensa.
A partir de análises anteriores de restos cranianos e marcas de dentadas nos fósseis de dinossauros, os investigadores há muito que especulam que esta espécie ameaçava os dinossauros. Agora, este novo estudo, liderado por Adam Cossette, do Instituto de Tecnologia da Faculdade de Medicina Osteopática de Nova Iorque da Universidade do Arkansas, refere que “o Deinosuchus tinha o tamanho da cabeça e uma força esmagadora na mandíbula para fazer exatamente isso”.
“Era um animal estranho”, diz o coautor da investigação, Christopher Brochu, da Universidade de Iowa. O Deinosuchus tinha o focinho longo e largo, mas inchado na frente, ao redor do nariz, de uma “forma nunca antes vista em nenhum outro crocodilo, vivo ou extinto”, diz. “Isto mostra que os crocodilos não são ‘fósseis vivos’ que não mudaram desde a era dos dinossauros. Eles evoluíram tão dinamicamente quanto qualquer outro grupo”.
Apesar de se ter descoberto como estes predadores eram, não se sabe ainda como se extinguiram, porque, segundo os investigadores, estes desapareceram antes da extinção em massa dos dinossauros.